Após anos de polêmicas, a partir de 2024 a Tether, empresa responsável pela emissão da stablecoin mais usada no mundo, USDT, pretende publicar em tempo real os dados das reservas que respaldam a stablecoin.
A informação partiu do recém promovido CEO da companhia, Paolo Ardoino, que assume o cargo em dezembro. Para a Bloomberg, ele também afirmou que seus objetivos incluem aumentar o investimento em tecnologia, conversar com reguladores e expandir os negócios da Tether para energias renováveis.
Em 2021, a companhia pagou mais de US$ 40 milhões para resolver acusações dos reguladores dos Estados Unidos de que teria mentido sobre suas garantias, distorcendo a opinião pública sobre a confiabilidade da empresa.
As reservas da Tether
Uma stablecoin funciona com seu preço pareado a um ativo, que no caso do USDT é o dólar. Para garantir essa paridade, em tese, é preciso que para cada 1 USDT emitido, haja US$ 1 em reserva.
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O problema aqui reside na falta de transparência com que a Tether realiza esse processo, o que tem atraído à empresa críticas intensas por parte de especialistas do setor ao longo dos últimos anos.
Desde a resolução do problema com os reguladores, a Tether passou a publicar atestados trimestrais de suas reservas com uma empresa de contabilidade terceirizada, o que apesar de ser uma solução para quem não divulgava nada, ainda está longe de ser a forma mais confiável de prestar contas.
Em seu último atestado trimestral, a Tether tinha US$ 3,3 bilhões em reservas excedentes em papéis comerciais conversíveis em títulos do Tesouro dos EUA, dos quais ela detinha US$ 72,5 bilhões.
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