painel com botoes cinza e um vermlhor sinalizando atque de 51 porcento
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ViaBTC, um dos maiores pool de mineração de criptomoedas do setor, passou a assumir o controle de 53,8% do hashrate da moeda de privacidade Zcash (ZEC). Essa porcentagem assusta a comunidade porque à medida que uma única entidade é responsável por 51% do poder computacional empregado a uma rede, ela se torna capaz de manipulá-la.

O evento soou o alerta da corretora de criptomoedas Coinbase, que implementou medidas de precaução para proteger os investidores em caso de um possível ataque.

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“Para proteger nossos usuários, a Coinbase aumentou requisitos de confirmação de rede Zcash e configurou os trades para somente o limite permitido”, diz um trecho do post no blog da Coinbase.

Quando a modalidade de trade se resume a somente limite (limit-only, em inglês), significa que os traders não podem fazer ofertas de mercado.

Conforme descreve as medidas preventivas, a plataforma da Coinbase vai exigir 110 confirmações de bloco antes de confirmar qualquer depósito da ZEC, o que aumenta o tempo de duração para a efetivação da transferência, de 40 minutos para 2,5 horas. 

Segundo a exchange, isto servirá “para reduzir o risco de [ataques de] gastos duplos ou transações fraudulentas”. Neste tipo de ataque, o mau ator consegue gastar as mesmas moedas digitais mais de uma vez, como ocorreu duas vezes com a rede da Ethereum Classic (ETC) há cerca de três anos.

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O risco da centralização

A Coinbase afirma também que entrou em contato diretamente com as equipes da Electric Coin Company, que está por trás da Zcash, e ViaBTC “para mitigar riscos potenciais para a comunidade em geral”.

“Compartilhamos nossas preocupações sobre os riscos da centralização da mineração e fornecemos recomendações para diversas opções que qualquer uma das partes poderia implementar para reduzir o risco de um ataque de 51%”, ressalta a Coinbase sobre o evento da Zcash.

Gráfico mostra que ViaBTC controla 53,4% do hashrate do Zcash (Fonte: MiningPoolStats)

Um ataque de 51% refere-se a ataques em que agentes mal-intencionados assumem a maior parte do poder da rede (portanto, 51%) e podem, por conta própria, impor políticas na rede, como reverter transações para gastar duas vezes uma mesma criptomoeda.

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