Homem diante de filmadora e luzes
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A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) publicou na quarta-feira (13) as novas regras para a contratação de influenciadores digitais para publicidade de produtos de investimento.

Segundo a entidade, as normas, cujo objetivo é dar transparência às relações entre influencers e instituições, passam a valer em 13 de novembro deste ano.

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De acordo com a publicação, as novas regras são parte da atualização do Código de Distribuição do programa ‘ANBIMA em Ação’, um conjunto de atividades prioritárias para 2023/2024, eleito pela entidade. 

De acordo com a Anbima, a partir da data mencionada, os influenciadores deverão informar tanto por escrito quanto verbalmente quando estiverem fazendo uma publicação patrocinada ou em parceria com instituições.

“Nosso objetivo não é autorregular as atividades dos influenciadores, mas ajudar o investidor a ter acesso a informações importantes para sua tomada de decisão”, comenta Luiz Henrique Queiroz de Carvalho, gerente de Representação de Distribuição de Produtos de Investimento da Anbima. Para ele, “é  importante que os seguidores saibam quando uma postagem é publicidade e quando não é”.

Instituições também são responsáveis pelo conteúdo

Segundo a Anbima, as regras também preveem que a instituição que faz a parceria com o influenciador financeiro é corresponsável pelo conteúdo das publicações contratadas. Caso o divulgador faça recomendação ou análise de algum produto financeiro, a parceria deve garantir que ele tenha certificação ou autorização dos órgãos competentes.

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“Isso não quer dizer que o influenciador não terá liberdade para se comunicar com seu público como sempre fez, mas, sim, que a instituição será também responsável pelo conteúdo contratado e publicado, garantindo que o investidor receba com clareza as informações, análises ou recomendações, se for o caso”, explica Carvalho.

Outro ponto das novas regras descrito pela Anbima, é que todas as relações comerciais deverão ser regidas por um contrato. Nele, as partes devem “informar os meios de divulgação, a descrição geral dos produtos divulgados e se eles envolvem uma atividade regulada, como análise ou recomendação, além da remuneração e a vigência”. 

“As instituições também devem encaminhar para a ANBIMA a lista dos influenciadores parceiros e manter os prints e links das publicações contratadas por um ano”, ressalta a publicação.

Influencers colaboram com Anbima

A Anbima afirmou que as novas regras foram aprovadas em audiência pública realizada entre maio e junho deste ano, e contou com a participação de vários influenciadores brasileiros, além de encontros individuais com alguns dentre os mais relevantes.

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Uma reunião aberta contou com cerca de 150 participantes, ressalta a entidade, descrevendo que “eles puderam dar sugestões e tirar dúvidas sobre as regras antes da publicação.

“Nós já acompanhamos as atividades dos influenciadores desde 2020 e entendemos a importância deles na democratização de informações sobre investimentos e educação financeira. Por isso, os convidamos para participar da construção dessas regras”, concluiu Carvalho.

Anbima e as criptomoedas

A Anbima tem participação importante no mercado de criptomoedas, onde emite alertas e pesquisas, e também publicações sobre correlações dos mercados cripto e tradicional.

Dentre os alertas, por exemplo, a entidade já publicou um vídeo sobre pirâmides financeiras e até mesmo de um caso específico, o da Braiscompany, onde a entidade desmentiu que o controverso negócio de Antônio Neto e Fabrícia Ais tivesse selo da entidade.

A Anbima oferece também cursos gratuitos de educação financeira e gestão, e certificações para analistas de mercado. Clique aqui para mais detalhes.

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