Clínica, Club ou academia de biohacking, com mulher bilionária
Imagem criada pelo Decrypt usando AI

Os cuidados de saúde estão virando uma área de altíssimo valor, à medida que milionários começam a participar de luxuosos clubes de biohacking em busca de uma extensão extrema para o tempo de vida.

Esqueça as festas em iates — agora os ricos e bem relacionados estão reservando sessões de crioterapia e tratamentos faciais “vampirescos”. Clínicas em todo o mundo estão atendendo ricos e famosos que desejam otimizar sua saúde e reverter o envelhecimento por meio de técnicas de biohacking avançadas — embora nem sempre comprovadas.

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Bryan Johnson, o fundador de 48 anos das empresas de biociências Kernel e Blueprint, que ganhou as manchetes por trocar de sangue com seu filho de 17 anos, disse que “não viu benefício”, na prática.

O interesse no biohacking em geral está aumentando, segundo o Google Trends. Muito parecido com o boom simultâneo da inteligência artificial (AI), as massas também estão se voltando para a chamada “Biologia DIY” para melhorar e prolongar suas vidas.

Enquanto os executivos do Vale do Silício tomam vários comprimidos e louvam o evangelho do jejum intermitente e das tecnologias de antienvelhecimento, outras pessoas ainda estão experimentando chips NFC implantados e embalagens vitamínicas personalizadas.

O preço da juventude

A classe privilegiada quer viver para sempre, e o dinheiro não é um problema para fazer esse sonho virar realidade.

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Remedy Place em Nova York, por exemplo, oferece uma “reforma extrema da saúde” para aqueles dispostos a pagar caro por isso. Por US$ 595,00 ao mês, os membros têm acesso a cápsulas de oxigênio, saunas infravermelhas e gotas de vitamina IV durante a socialização no espaço.

É anunciado como o primeiro “clube de bem-estar social” do mundo, porque até a elite se sente sozinha ao tentar viver para sempre.

O Saint Haven em Melbourne também promete um “nível totalmente novo” de mimos com taxas mensais a partir de US$ 1.000,00. Parte spa, parte clínica de ficção científica, a empresa afirma oferecer tecnologia fitness de ponta usada por celebridades.

“Não se engane, não somos uma academia, mas nossa tecnologia pode ajudá-lo a ficar mais forte, em forma e ter mais energia”, disse o clube no site oficial . “Nossas ferramentas melhoram sua saúde até o nível celular.”

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E se você não quer se preocupar com pagamentos mensais, a Longevity House em Toronto dá acesso a diagnósticos e terapias antienvelhecimento normalmente reservados para atletas profissionais por uma taxa única de US$ 100 mil. O clube oferece uma variedade de serviços que vão desde o simples treino de respiração até ao treino de cardio e variação da taxa de oxigenação orientada por AI.

O clube se vende como “uma comunidade exclusiva para investidores e empresários se envolverem com líderes em biohacking, epigenética, AI e medicina funcional/vegetal”, por isso é o lugar para aqueles que estão interessados na intersecção entre saúde e tecnologia.

Tendência global

Para que não pensem que isto se limita aos ricos apenas dos EUA, a tendência está crescendo no mundo todo. A estrela indiana de Bollywood, Suniel Shetty, recentemente  investiu em uma startup indiana de biohacking, esperando trazer esta tendência de saúde de nicho ao mainstream, e Conferências de Biohacking e meetups estão ganhando força entre os entusiastas brasileiros.

Com as clínicas se expandindo globalmente, os ultra-ricos poderão continuar suas rotinas de maximização da vitalidade onde quer que passem férias. Mas para muitos executivos do Vale do Silício, otimizar a vida cotidiana não é suficiente. Quais são algumas das técnicas de biohacking mais populares que estão sendo usadas hoje?

Phil Libin, ex-CEO do Evernote, compartilhou uma rotina que consistia em jejum de até oito dias seguidos. Ele afirma que isso o deixou eufórico e energizado. Mas também existem opções de baixo custo, como o banho frio-quente, a técnica adotada por Estrelas de Hollywood e atletas de alto nível.

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Johnson diz que toma mais de 100 suplementos por dia e afirmou ter alcançado resultados bastante impressionantes. E se você acha que o esquema de troca de sangue dele era estranho, espere até ouvir sobre a preferência de Sandra Bullock pelo uso de prepúcio de recém-nascidos para rejuvenescer seu rosto.

Atualização cibernética

Se o envelhecimento por si só não é assustador o suficiente, alguns biohackers procuram atualizações cibernéticas.

Percorremos um longo caminho desde o Lovetron 9000, um implante peniano que vibra eletronicamente sob comando desenvolvido por Rich Lee há uma década. Desde então, a lacuna entre biologia e tecnologia diminuiu drasticamente, com o Neuralink de Elon Musk representando o pico da conquista trans-humanista agora que conseguiu a homologação para iniciar testes de implantes de chips em cérebros humanos.

Mas o biohacking não é isento de riscos. Jejuns longos podem causar hipoglicemia e aumentar o risco de danos nos rins. As sessões devem ser cuidadosamente supervisionadas para evitar complicações como insuficiência cardíaca.

Além disso, a ingestão de um grande número de comprimidos pode levar a resultados inesperados, uma vez que cada um afeta diferentes partes do complexo metabolismo humano.

E — isto não é um conselho médico — a implantação de dispositivos eletrônicos em seus órgãos genitais não parece ser uma boa ideia.

Enquanto a elite brinca com elixires exóticos buscando a imortalidade, os benefícios do biohacking são cada vez mais procurados para além do 1% mais rico. Talvez o segredo da longevidade possa ser comprado — ter muito dinheiro pode comprar aparelhos de ponta e intervenções extremas. Mas felicidade? Esse resultado ainda não foi garantido por ninguém.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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