Imagem da matéria: "Vou manter meu contrato com a Blaze", diz Felipe Neto em vídeo de defesa do cassino online
Felipe Neto diz que não exitem fraudes sistêmicas comprovadas contra Blaze (Foto: Reprodução/Instagram)

 O youtuber Felipe Neto publicou na noite de quarta-feira (14) o vídeo que ele havia prometido fazer para rebater as críticas que vem sofrendo por conta de suas propagandas para o cassino online Blaze. O influencer diz que não foi provada nenhuma fraude por parte da empresa e que irá continuar fazendo publicidade até o final do contrato ou até que alguma fraude seja provada. 

Segundo Neto, um dos assuntos mais comentados na internet nas últimas semanas é quem seria o dono da Blaze, é falso mistério. Ele afirma que é Nick Van Gorsel, que aparece em registros comerciais da empresa, e que deu uma declaração no comunicado de imprensa do Santos sobre o patrocínio do cassino junto ao clube. Contudo, são raras as informações públicas sobre o executivo.

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O influenciador diz que Gorsel é a pessoa com quem ele conversa quando tem que lidar pessoalmente com alguém da Blaze.

Além disso, o youtuber nega que ganhe dinheiro com a perda de clientes na plataforma, afirma que o Reclame Aqui não é uma plataforma legítima e representativa e que os números mostram que uma parcela ínfima das pessoas que jogam tem problemas na Blaze uma vez que, pelos seus cálculos, o cassino tem cerca de 5 milhões de clientes no Brasil.

“Enquanto não for provada uma fraude sistêmica, eu vou continuar meu contrato com a Blaze. Eu tenho um ano de contrato para cumprir. Não posso romper um contrato simplesmente por mentiras na internet. Se algo for comprovado, sairei, virei aqui e avisarei”, disse. 

O influencer reconhece que errou ao ter publicado em seu Instagram um texto em janeiro deste ano falando que o cassino era uma opção de renda extra. “Por esse erro eu peço mil desculpas. Naquele dia eu estava abarrotado de trabalho e simplesmente não fiz o que deveria ter feito: checar o texto antes de aprovar. Quando me enviaram o texto da legenda para aprovar, eu não li e só falei ‘posta logo’. Naquele texto saiu o ‘renda extra’. Quando eu percebi que aquilo tinha passado, eu tirei do ar imediatamente aquela frase”.  

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“Clientes da Blaze pedem coisas erradas”

Felipe Neto fez as contas: a Blaze tem 41 milhões de acessos, quase todos do Brasil, e são 6500 queixas no Reclame Aqui em seis meses. Levando em conta que um milhão de pessoas são responsáveis pelo tráfego, as reclamações vêm de 0,1% dos usuários. 

“Quando alguma coisa é golpe, é fraude escancarada, você vai ver uma massa de gente indo reclamar. Agora, para qualquer empresa que tenha milhões de clientes, sempre vai existir um percentual de reclamações”, diz. 

O youtuber afirma que grande parte das pessoas que estão reclamando, na verdade, estão tentando fazer coisas vetadas nas regras de uso da plataforma. 

“A esmagadora maioria dessas reclamações são pessoas reivindicando coisas erradas. Pessoas que não leem a política do site antes de depositar o dinheiro. Pessoas que estão principalmente tentando resgatar o bônus. Ou seja, ela vai lá, cria uma conta na Blaze, coloca um primeiro depósito, ganha um bônus para gastar no site, aposta esse bônus, ganha e tenta sacar. Quando ela tenta sacar, o sistema bloqueia. As vitórias com dinheiro de bônus não são sacáveis. Porque é um dinheiro que a Blaze te deu para experimentar o site”, afirma. 

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Regulação é necessária, afirma Neto

Segundo Neto, existe uma pequena parcela de clientes que de fato foram lesados e são impossibilitados de acionar a Blaze na Justiça. Ele afirma que a solução é uma pressão legislativa para regular o setor. 

“A Blaze quer ter sede no Brasil, mas o Brasil não permite. Hoje, todos os sites de apostas clamam para que o governo regule as atividades. Só assim as empresas poderão ter escritório no Brasil”, afirma. 

Defesa da Blaze e recuo

Em um primeiro momento, após a onda de críticas, Felipe Neto saiu em defesa da Blaze. O youtuber alegava que a empresa está sendo alvo de uma “campanha difamatória”.

“Um dia vocês vão descobrir que os ataques à Blaze foram coordenados. Há intenção por trás, há interesse. A Blaze é igual a todos os sites de apostas e cassinos do mundo. Por que perseguir só um site? Todos são cassinos, todos têm reclamações (como qualquer empresa), todos representam risco, nenhum pode ser processado porque não há regulação no Brasil, todos estão em paraísos fiscais justamente pela falta de regulação”, tuitou o influencer no dia 5 de junho.

No dia 8, Neto tirou o pé do acelerador. Ele retirou um post sobre a empresa do seleto grupo de três publicações que ficam fixas no topo do seu perfil de Instagram e também retirou o link para o cassino que estava em sua bio do Twitter.

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Para completar, também no Twitter, Neto apagou uma mensagem postada no dia 5 de junho, no qual defendia a Blaze e acusava seus detratores de terem indignação seletiva. 

Blaze vira assunto nacional

O assunto virou um dos tópicos mais comentados da internet após um vídeo publicado por Daniel Penin no final do mês de maio, com acusações de fraude da Blaze e conluio dos influenciadores. 

No final de seu vídeo, Felipe Neto afirma que Penin fez carreira com esquemas antiéticos: vendendo vitaminas superfaturadas para idosos na internet e cursos sobre como ficar milionário fazendo jogos de pequenos valores na Lotofácil. 

Portal do Bitcoin vem cobrindo o assunto desde junho de 2022 e no dia 1º de junho de 2023 publicou reportagem feita em parceria com a rede global de jornalistas que investigam crimes transnacionais OCCRP (Organized Crime and Corruption Reporting Project) mostrando que a Blaze acumula processos na Justiça acusada de roubar clientes.

Veja o vídeo completo:

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