criptomoedas e celular com logo da FTX sobre notas de dinheiro
Foto: Shutterstock

A equipe de reestruturação da FTX recuperou mais de US$ 5 bilhões — o equivalente a cerca de R$ 26 bilhões — em dinheiro, criptomoedas e investimentos líquidos em valores mobiliários, disse o principal advogado da empresa, Adam Landis, na manhã desta quarta-feira (11) em uma audiência em Delaware, estado dos EUA.

Os ativos recuperados também incluem “dezenas de tokens ilíquidos de criptomoedas”, e Landis observou que “as participações são tão grandes em relação à oferta total que nossas posições não podem ser vendidas sem afetar substancialmente o mercado dos tokens”.

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É uma posição estranhamente semelhante àquela em que a Alameda Research, a mesa de operações da FTX, se encontrava quando detinha bilhões em tokens FTT, ativos nativos da FTX, em seus livros de contabilidade contra bilhões em passivos.

Essa revelação, no início de novembro, foi a primeira peça do dominó a cair para a empresa. A onda de saques resultante forçou a FTX a fechar sua plataforma e declarar falência em 11 de novembro. Ao mesmo tempo, o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, renunciou ao cargo de CEO.

Além disso, Landis disse que a FTX também identificou mais de 9 milhões de contas de clientes vinculadas a cerca de US$ 120 bilhões em transações associadas. Ele disse que a equipe está passando por um processo para determinar o valor das posições em 11 de novembro “para cada cliente”.

No início da audiência, o juiz de falências, John Dorsey, mencionou brevemente uma carta que recebeu de quatro senadores dos EUA, chamando-a de “uma comunicação ex-parte inadequada”, ou seja, sem o conhecimento das outras partes.

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Não está claro se o juiz nomeou os senadores no tribunal porque a qualidade do áudio da transmissão ao vivo das audiências era ruim e pouco clara.

Contudo, à medida que o processo de falência continua, a equipe jurídica da FTX continuará tentando recuperar fundos para eventual desembolso aos clientes.

As coisas tiveram um começo sombrio em novembro, com o recém-nomeado CEO da FTX, John J. Ray III, que também atuou como administrador na falência da Enron.

Na ocasião, ele afirmou que não sabia o quanto de dinheiro tinha na empresa. Em dezembro, então, a empresa estimou que poderia recuperar US$ 1 bilhão em ativos. O total geral devido ainda não está claro e as estimativas chegam a US$ 10 bilhões.

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*Traduzido com autorização do Decrypt

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