Imagem da matéria: Manhã Cripto: Polêmico criador do projeto Tron anuncia interesse em comprar FTX; Bitcoin (BTC) reduz perdas
Justin Sun

Ainda sob pressão e em meio à uma crise de desconfiança por parte de investidores, o mercado de criptomoedas reduz o ritmo de perdas nesta quinta-feira (10) e algumas altcoins já operam no azul.

Com a crise de liquidez que atingiu a exchange FTX, o nervosismo aumentou com a confirmação da desistência da Binance em comprar a rival – e agora parece refluir um pouco com a perspectiva de uma novo “salvador” para a empresa: Justin Sun, o polêmico criador do ecossistema Tron.

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No cenário macro, os índices futuros das bolsas americanas apontam para uma abertura com ganhos, antes da divulgação do índice de preços ao consumidor nos EUA, o que deve dar pistas sobre o rumo dos juros no país. 

Nas últimas 24 horas, o Bitcoin (BTC) opera em baixa de 6%, cotado a US$ 16.728,53, segundo dados do CoinGecko. Durante a madrugada, a criptomoeda testou novas mínimas abaixo dos US$ 16 mil. O Ethereum (ETH), que na quarta-feira chegou a despencar 18%, agora recua 1,9%, para US$ 1.198,01. 

Em reais, o Bitcoin registra queda de 7,2%, negociado a R$ 88.661,15, conforme o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).  

Dogecoin (+3,4%), Polygon (+3,4%), Cardano (0,4%) e Shiba Inu (+3,8%) são destaques de alta, enquanto outras altcoin seguem no vermelho, entre elas Binance Coin (-7,8%), XRP (-0,8%), Solana (17,2%), Polkadot (-4,4%) e Avalanche (-3,5%)  

Colapso da FTX

FTT, token nativo da FTX segue em queda livre, com perdas de 31,7% nas últimas 24 horas. 

A Binance confirmou na noite da quarta-feira (9) a desistência do acordo de compra da rival FTX. Divulgada inicialmente pelo portal Coindesk, a informação foi confirmada posteriormente pelo Wall Street Journal. “No início, nossa expectativa era poder oferecer suporte aos clientes da FTX para prover liquidez, mas os problemas estão além do nosso controle ou capacidade de ajuda” afirmou a companhia em uma declaração ao jornal. 

Talvez por trás do respiro esteja a declaração de Justin Sun, o bilionário fundador da blockchain Tron, de que está trabalhando em “uma solução” com a FTX. “Além do meu anúncio de apoiar todos os detentores de token Tron (#TRX, #BTT, #JST, #SUN, #HT) na FTX, estamos montando uma solução juntamente com a #FTX para iniciar um caminho a seguir”, afirmou em tuíte.

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Sam Bankman-Fried, o dono da FTX, disse a investidores na quarta-feira (9) que, sem uma injeção de dinheiro, a empresa precisaria entrar com pedido de recuperação judicial, de acordo com a Bloomberg, que cita uma pessoa com conhecimento direto do assunto. Pouco depois, ele retuitou o anúncio de Sun, confirmando a conversa entre as duas partes.

Bastidores do colapso 

Changpeng CZ Zhao, criador da Binance, disse em memorando a funcionários que não havia um “plano mestre” para assumir a FTX e que o colapso da rival “não é bom para ninguém na indústria.” 

O CEO da FTX pediu à exchange OKX uma injeção de capital de US$ 2 bilhões a US$ 4 bilhões na manhã da segunda-feira (7), pouco antes do anúncio do possível acordo com a Binance, segundo Lennix Lai, diretor de mercados financeiros da OKX.  

Em entrevista à Reuters, Lai afirmou que Bankman-Fried buscava recursos pois tinha passivos de US$ 7 bilhões. Os dois executivos voltaram a conversar várias vezes na terça-feira (8), de acordo com Lai, e SBF disse que precisava de uma resposta com “urgência”. 

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Antes de anunciar a potencial venda para a Binance, SBF tentou um acordo com a OKX, disse um porta-voz da corretora com sede nas Seychelles. Mas a OKX recusou o convite, pois uma consolidação das exchanges representaria “um passo atrás” para a indústria cripto, em sua opinião. 

Nas 72 horas antes da manhã de terça-feira, a FTX teve de administrar US$ 6 bilhões em saques em meio à desconfiança dos investidores sobre a saúde financeira da empresa. A pressão veio em parte de CZ, que havia anunciado no domingo (6) a intenção de vender todas suas posições em FTT, o token nativo da FTX. 

Para cobrir perdas da Alameda Research, o braço de investimentos da FTX, Bankman-Fried teria transferido pelo menos US$ 4 bilhões em fundos garantidos por FTT e ações da Robinhood, segundo reportagem da Reuters. Parte desses fundos eram depósitos de clientes, afirmaram duas fontes. 

Peso de reguladores 

Em coluna no Financial Times, Helen Thomas destaca que a abordagem cautelosa dos reguladores no Reino Unido em relação aos criptoativos, intencional ou por motivos burocráticos, foi acertada. Apesar da intenção do governo britânico de tornar o Reino Unido um “hub global das criptomoedas”, apenas 16% dos pedidos de licenças para empresas cripto foram aprovados até agora.

A plataforma de crédito cripto Celsius Network, que pediu recuperação judicial, teve dificuldades para se credenciar no país e optou por Nova Jersey, nos EUA. A FTX ainda tentava entrar no mercado britânico, enquanto a Binance foi proibida de operar no país. 

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Artigo do Wall Street Journal diz que “a falha fundamental” de se construir uma alternativa ao setor de finanças tradicional, que tem garantias dos governos, é justamente não ter apoio de uma entidade pública, como um banco central, em momentos de crise. 

Regulação no Brasil 

Com a turbulência no mercado cripto global, players no Brasil pedem urgência na aprovação de regras para o setor no país. 

Um conjunto de associações de classe relacionados ao setores bancário, de startups e criptomoedas enviou na quarta-feira (9) uma carta ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas). O grupo pede a aprovação do Projeto de Lei 4.401/2021, que cria um marco regulatório para o mercado cripto, e argumenta que a legislação tem potencial de aumentar os investimentos no Brasil e a inclusão financeira entre a população. 

O PL passou por toda a tramitação no Congresso, tendo sido aprovado no Senado e nas comissões da Câmara. O texto final foi apresentado pelo relator, deputado Expedito Netto (PSD/RO). Resta agora ser colocado para votação e, caso aprovado, ir para sanção do presidente da República. 

Outros destaques 

Em meio ao desenvolvimento de novas dinâmicas de utilidade para o ecossistema de ativos digitais, o MB oferecerá, a partir desta semana, em parceria com a Bodytech Company – rede composta pelos maiores centros de atividades físicas, esportes, bem-estar e lazer do país -, o primeiro sistema de benefícios tokenizado para academias. A oferta terá pré-lançamento em São Paulo – SP até o final do ano. 

O BT Token Black representa o direito de uso de todas as academias da Bodytech, que dará acesso a estacionamentos, piscinas, musculação, aulas de natação, entre outras atividades. 

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A plataforma de criptomoedas Bitso vai habilitar usuários do seu aplicativo em toda a América Latina para o pagamento de compras com cripto por meio de QR Code quando estiverem na Argentina. Além das compras, o serviço evita que usuários tenham que recorrer a casas de câmbio. 

O Grêmio anunciou o lançamento do Fan Pass $IMORTAL em parceria com a Mynt, plataforma de criptoativos do BTG Pactual, de acordo com a Exame. O Fan Pass é apresentado como uma evolução do fan token que vai além de uma operação de licenciamento. O clube não ganha apenas na oferta do criptoativo, pois tudo o que é resgatado dentro do aplicativo em termos de produtos ou experiências terá potencial de gerar receita. 

Deborah Secco e a filha Maria Flor agora também estão no metaversosegundo a Forbes. Os avatares, que se chamam Deby Dry e Mary Flower, entram para o time da Biobots, empresa especializada em avatares e NFTs, com o objetivo de trazer uma rotina voltada ao cuidado materno e a infância. 

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