A luta do governo chinês para impedir o avanço do mercado de criptomoedas no país asiático continua a todo vapor. Nesta terça-feira (9) foi anunciado o bloqueios diretos de sites da internet e de contas em redes sociais que abordam o tema.
De acordo com a conta do jornalista Colin Wu no Twitter, os reguladores chineses da internet fecharam 105 sites envolvidos na negociação e mineração de criptomoedas, bem como 12 mil contas nas principais redes sociais do país, Weibo e Baidu.
As contas e sites foram fechados após intervenção da Administração do Ciberespaço da República Popular da China, responsável por fiscalizar as principais plataformas e garantir que as regras impostas pelo governo são implementadas no espaço virtual.
Conforme repercussão do site local Netcom China, os sites foram tirados do ar por que não teriam respeitado o “Aviso sobre Prevenção e Tratamento de Riscos Exagerados em Transações em Moedas Virtuais”, feio pelo Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC).
Segundo o portal, os reguladores do país fecharam contas que falavam sobre “inovação financeira”, “blockchain” e “bitcoin”, e que supostamente induziam internautas chineses a investir em criptomoedas.
Além disso, os reguladores obrigaram provedores da rede local a entrevistar mais de 500 entidades empresariais, como “círculos de capital de risco” e “nós de cadeia”, que supostamente promovem a especulação de criptomoedas.
Além da entrevista, devem fazer uma “limpeza abrangente” no conteúdo informativo divulgado por esses sites, afirma a publicação do Netcom China.
Leia Também
No grupo de atingidos pela medida dos reguladores estão 105 plataformas como “Bi Toutiao”, que publica tutoriais explicando como minerar criptomoedas, entre outros assuntos relacionados à indústria.
A guerra da China contra criptomoedas
Embora a China tenha proibido a negociação de criptomoedas no país diversas vezes nos últimos anos, o governo elevou a repressão ao nível máximo em 2021, alegando que esse mercado facilita a prática de crimes e que coloca a economia do país em risco pela alta volatilidade.
No início do ano, no entanto, o Fórum Econômico Mundial (FMI) publicou um estudo no qual conclui que a repressão chinesa ao mercado cripto se trata de um medo da fuga de capitais do país.
O FMI cita dados da Chainalysis que mostram que, entre 2019 e 2020, mais de US$ 50 bilhões em criptomoedas deixaram o Leste Asiático.
A China estabelece um limite de compra de US$ 50 mil em moedas estrangeiras por ano para seus cidadãos. No entanto, o limite parecia ser burlado com o bitcoin, visto como uma opção para as pessoas conseguirem comprar mais ativos e sem ter a vigilância das autoridades.
Crypto Class, o momento da virada Curso exclusivo com André Franco, para aprender os fundamentos e as técnicas que te ajudam a navegar nas altas e baixas do mercado. Garanta sua vaga agora!