A Bybit, exchange de criptomoedas com sede em Singapura e que atua em vários países, se prepara para demitir parte do seu quadro de funcionários, confirmando os rumores que surgiram no final de semana. Trata-se de mais um episódio da série de demissões que vem ocorrendo globalmente no mercado cripto.
A informação revelada pelo jornalista Colin Wu por pessoas familiarizadas ao assunto, sugere que a proporção de demissões pode ser de 20% a 30% do quadro funcional, “com algumas demissões parciais podendo chegar a 50%”. No Twitter, o jornalista conhecido como Wu Blockchain compartilhou um print de uma carta sobre o assunto, provavelmente direcionada aos funcionários da empresa.
“Com a chegada do mercado em baixa, as empresas em todo o mundo foram afetadas, com muitas precisando de medidas extensas para cortar custos. Bybit não é exceção, além do fato de que tomamos medidas extremas para manter nossa força de trabalho pelo maior tempo possível durante esta crise”, disse um porta-voz da Bybit ao site Crypto Potato, confirmando a notícia.
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“Estamos explorando uma maneira de remover funções sobrepostas e construir equipes menores, porém mais ágeis, para melhorar nossa eficiência”, disse também um assessor da corretora ao CoinDesk. Segundo o site, ele confirmou que as medidas terão início no decorrer desta semana.
Onda de demissões
A onda de demissões no mercado de criptomoedas já pegou grandes empresas do setor, como as globais Coinbase, que demitiu 1.100 funcionários, e Crypto.Com, que dispensou 260 pessoas de sua equipe. Empresas menores, como BlockFi e Robinhood, também fizeram demissões.
Na América Latina, a mexicana Bitso demitiu 10% de seus funcionários e a argentina Buenbit dispensou 45% de seus colaboradores. No Brasil, o MB também anunciou cortes recentemente.
A crise também assola o mercado de fintechs. O Grupo Primo, empresa do maior influencer de finanças do Brasil, confirmou no início do mês a demissão de 20% dos cerca de 280 funcionários — mais de 55 pessoas — como parte de uma reestruturação da companhia.