Não está sendo um domingo fácil para o mercado de criptomoedas. Os principais ativos do mercado estão em forte queda, acompanhando o preço do Bitcoin (BTC), que deslizou para baixo dos US$ 27 mil e agora está na casa dos US$ 26,300 — uma derrubada de 7,5% nas últimas 24 horas, conforme o Coingecko.
Trata-se do valor mais baixo desde a última semana de 2020, quando o principal ativo do mercado teve um forte rally. Em Reais, o Bitcoin é cotado a R$ 135 mil.
Como é o padrão em mercados de baixa, a situação das altcoins está ainda pior. A segunda maior moeda em market cap, o Ethereum (ETH), também está derretendo — registra queda de 8,9% e é cotado a US$ 1424 , um preço que não se via desde janeiro de 2020.
Há vários possíveis motivos para as pressões de baixa no mercado. Um fator ventilado pela imprensa dos Estados Unidos são os dados de inflação no país, que tendem a piorar.
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Em um plano geral, há uma grande reversão da tendência nas taxas de juros por todo o mundo. Antes próximas a zero, essas baixas taxas tornavam os investimentos em renda fixa — em geral mais conservadores — com ganhos menos atrativos. Assim, o apetite de risco do capital buscou ativos de maior risco — e possível maior retorno — tais como as criptomoedas. Este cenário acabou e não deve voltar tão cedo.
O derretimento do ecossistema Terra (LUNA) contribuiu para deixar os novos investidores mais inseguros diante de um grau grande de incerteza frente às stablecoins, que são a corrente sanguínea dos trades.
Assim mesmo o resiliente Bitcoin vem sofrendo e parece estar a abandonando de vez o patamar dos US$ 30 mil. Outros projetos, mais novos e ainda mais arriscados, estão apanhando mais. A Cardano (ADA) registra a liderança das quedas entre as 10 maiores moedas do mercado — 14%.
A Solana (SOL), que vem se mostrando uma blockchain disfuncional, não está muito melhor — uma baixa de 12,5%.