O Google anunciou na segunda-feira (2) que banirá a publicação de extensões e aplicativos de mineração de criptomoedas da Chrome Web Store, sua loja para o navegador Chrome e para o sistema operacional Chrome OS. De acordo com a gigante de buscas, em julho serão removidas as extensões que também têm a função de mineração e já estão na plataforma.
O anúncio foi feito por James Wagner, gerente de produto da plataforma de extensões do Google, no blog Chromium. A decisão de proibir as extensões vem meses após o Google tentar banir o “crypjacking”.
Também conhecido como criptosequestro ou mineração oculta, a tecnologia permite o uso secreto dos recursos de processamento através de malwares instalados localmente nos computadores das vítimas. Por isso, o Google só permitia extensões que se dedicassem exclusivamente à mineração e que informassem explicitamente os usuários sobre sua finalidade.
Ações do Google
A política, no entanto, mostrou-se insuficiente para banir os maus usuários. De acordo com a revista Wired, cerca de 90% dos desenvolvedores de extensões de mineração enviados não estavam em conformidade com as exigências do Google e por isso foram bloqueados, ignorados ou precisaram ser removidos posteriormente.
“A chave para manter um ecossistema de extensões saudável é manter a plataforma aberta e flexível. Isso capacita nossos desenvolvedores a criar personalizações criativas e inovadoras para os usuários do navegador Chrome”, disse James Wagner, gerente de produto da plataforma de extensões do Google.
“É por isso que optamos por adiar a proibição de extensões com scripts de criptografia até que ficou claro que a grande maioria das extensões de mineração enviadas para revisão não cumpriu nossa política de propósito único ou foi maliciosa”, completou o executivo. Wagner disse ainda que outras extensões relacionadas às moedas digitais, como as baseadas na tecnologia blockchain, não serão afetadas.
Em reportagem, a Coindesk lembrou que, em fevereiro, a nuvem da fabricante de carros elétricos Tesla foi comprometida por um malware de mineração. Sites do governo do Reino Unido também foram explorados na mesma época. Em janeiro, a empresa de segurança cibernética TrendMicro descobriu que o próprio Google era uma vítima e que seus anúncios da DoubleClick foram usados para distribuir malware de mineração de criptografia.
A proibição das extensões de mineração chega menos de um mês após o Google alterar as regras relacionadas à propaganda das moedas digitais. Em março, em um post no blog de Ajuda sobre Políticas de Publicidade, o Google anunciou restrições aos anúncios de criptmoedas, ICOs e serviços financeiros.
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