Imagem da matéria: 1000 Criptomoedas para você não Comprar, Segundo Pesquisa
(Foto: Shutterstock)

O Coinmarketcap tem hoje listados quase 1600 criptoativos e o número poderia ser bem maior se muitos projetos de ICO tivessem vingados ou não passassem de fraudes. Estima-se que mais de 1000 criptomoedas e tokens já estão fora da briga no mercado.

De acordo com dados coletados pelos sites Coinopsy e Dead Coins, criados especificamente para rastrear criptomoedas e tokens, mais de 1000 projetos estão ‘mortos’, pontuou a CCN.

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Embora nem todas as criptomoedas e tokens sejam criados para durar, a pesquisa afirma que matematicamente muitos programas ‘inovadores’ não passaram de enganação, foram realizados de forma forjada e depois abandonados. Ou são simplesmente ‘shitcoins’ (moedas sem futuro, em tradução livre), assim denominadas pela comunidade.

As criptomoedas listadas pelo dois sites têm um histórico em comum que se inicia com uma Oferta Inicial de Moeda (ICO) onde são arrecadados milhares e até milhões de dólares, geralmente por meio do Bitcoin e do Ethereum, seguido de fuga, desaparecimento dos responsáveis e até mesmo a suposta morte do fundador.

Embora haja diversos alertas de autoridades, sites especializados e de entusiastas em mídias sociais, muitos investidores sem experiência no novo mercado acabam aplicando uma grande quantidade de dinheiro nessas ofertas sem garantia alguma.

A maioria dos projetos são encerrados ou abandonados de forma brusca, como por exemplo, o fechamento do site sem aviso prévio, como simulou o CEO da startup alemã Savedroid, Yassin Hankir, em abril deste ano. Ele postou uma foto na praia sugerindo ter fugido com os US$ 50 milhões arrecadados em sua ICO.

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“Ficou evidente que houve uma fraude significativa no mercado das ICOs. Eu anotei que 80% delas eram fraudes e que 10% não tinham solidez e fracassaram pouco depois de levantar dinheiro. A maioria das 10% restantes provavelmente também falhará”, disse o jornalista do Bloomberg, Aaron Brown, à CCN.

US$ 1 bilhão em criptomoedas

No mês passado uma pesquisa do Grupo Satis, nos Estados Unidos, concluiu que ICOs fraudulentas arrecadaram mais de US$ 1 bilhão em 2017.

No estudo foi constatado que quase 300 empresas realizaram operações questionáveis, plagiaram projetos (white papers) e usaram imagens indevidas de investidores do mercado financeiro, segundo a CCN.

As ICOs somaram US$ 6,3 bilhões somente no primeiro trimestre de 2018. O valor é mais do que foi captado em todo o ano passado e o volume já representa 118% de todas as ofertas de 2017.

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Porém, o cerco da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) tem atrapalhado os ‘projetos’ de criminosos no meio do mercado de criptomoedas.

Muitos ‘desavisados’, indiretamente, acabam colaborando com os atos criminosos, principalmente os iniciantes.

Até mesmo grandes personalidades já tiveram problemas ao endossar novos projetos, como o famoso pugilista Floyd Mayweather, que ajudou uma ICO a arrecadar mais de US$ 30 milhões e posteriormente o negócio foi tratado pela SEC como fraude, de acordo com a CNBC.

Umas das ‘celebridades’ que mais se envolveu com lançamentos de novas criptomoedas, o excêntrico John McAfee, disse recentemente que não iria mais promover qualquer projeto, pois estava recebendo ameaças de reguladores.

Ele ressaltou que “todos que operavam com ICOs poderiam ser presos e que isso era injusto, mas era realidade”.

Ação da SEC

No mês passado, a SEC criou um site falso de ICO para alertar consumidores a não aderirem a projetos fraudulentos.

O órgão regulador criou o domínio HoweyCoins.com que mostra uma ótima oportunidade de investimento, mas ao se cadastrar o usuário é direcionado para o site da instituição.

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Assim ele é alertado sobre o que poderia ser um golpe e recebe orientação para não aderir a negócios relacionados a criptomoedas sem antes verificar a idoneidade da empresa.

O cerco

O governo dos Estados Unidos têm tido forte postura em relação a práticas relacionadas a criptomoedas nos últimos meses. A SEC ‘barrou’ uma série de ICOs de startups que não obtiveram licença para a oferta.

Também no mês passado, na operação Cryptosweep (Operação Varredura Cripto) da Associação Norte-Americana de Administradores de Valores (NASAA), muitas ‘empresas’ foram notificadas para encerramento imediato das atividades, bem como orientadas que tal atividade viola a lei estadual de valores mobiliários.

Pelo menos 70 casos ficaram sob investigação, sendo que mais da metade foram considerados fraude, segundo a NASAA.

No entanto, nenhuma ação legislativa decisiva ainda foi tomada pelo governo dos EUA para regular o mercado de criptomoedas, um fato que muitos argumentam que está atrasando o desenvolvimento da indústria de blockchain.

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