O youtuber Alexandre Viveiros publicou um vídeo mostrando a investigação que fez sobre a criptomoeda BEEB 2.0, token criado pela aparente pirâmide financeira BeeFund. A conclusão do pesquisador é de que o dono dos fundos roubados pelo esquema é provavelmente brasileiro.
Por meio de análises das movimentações na blockchain, Viveiros identificou o endereço associado à criação da criptomoeda BEEB 2.0. A suspeita de que o criador seja brasileiro surge do fato de esse mesmo endereço possuir uma pequena quantidade do fan token do Santos Futebol Clube — um ativo pouco conhecido fora da torcida do time, e menos ainda no cenário internacional.
O investigador rastreou o contrato inteligente entre a corretora Superex e os criadores do projeto. A partir dessa análise, chegou ao endereço na BNB Smart Chain — blockchain na qual o projeto opera — responsável por transferir toda a quantia de BEEB 2.0 para a Superex: 0xd7a0CDd65E1cBE4EcE64fC98F9DB493f4b4e0b8D.
Outro ponto interessante da investigação de Viveiros é que esse endereço, identificado como o criador do BEEB 2.0, recebeu nos últimos tempos diversas pequenas transferências de valores em torno de US$ 10. Esse é justamente o dinheiro pedido pela BeeFund para supostamente desbloquear o acesso dos clientes aos tokens na Superex.
“Para você que está procurando por mais informações, para fazer uma denúncia, marquem esta carteira”, alerta Viveiros. “Obviamente se trata de um golpe e não se deve depositar mais nada, não caíam mais nesse papo, porque eles continuam pedindo [dinheiro] no Telegram”.
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Entenda o caso BeeFund
A BeeFund começou a ganhar força nas redes sociais ao apresentar planos de investimento em criptomoedas com expectativas de retorno de até 12,75% ao dia, ou seja, em um mês o capital do cliente seria multiplicado por 36 vezes. Porém, tão logo ela se tornou mais conhecida, começaram a surgir relatos de que a empresa teria congelado os saques.
Diante da situação, a BeeFund anunciou em grupos de Telegram que iria transformar todo o saldo dos clientes em uma nova criptomoeda chamada BEEB 2.0. Para ter acesso, os clientes teriam que depositar US$ 10 em stablecoin na plataforma até o dia 6 de novembro, sendo que após esse prazo a exigência seria 10% do saldo bloqueado para reaver o valor.
Embora tenha sido lançada no dia 7, inicialmente na exchange SuperEx, a BEEB 2.0 continuou apresentando problemas, com clientes relatando dificuldades para negociar, sacar fundos e outros contratempos.
Diante disso, a SuperEx decidiu retirar a criptomoeda da BeeFund de sua plataforma, afirmando ainda que, diante dos problemas ocorridos, está oferecendo um vouncher de desconto de 20 USDT para negociações de futuros de seus clientes.
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