Imagem da matéria: Youtuber mostra quantos painéis solares são necessários para minerar Bitcoin
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Será que vale a pena minerar bitcoin usando energia solar? VoskCoin, um popular youtuber cripto com 600 mil inscritos, tentou responder essa pergunta em um vídeo publicado nesta semana.

No entanto, oara saber quantos painéis solares uma pessoa precisa ter em casa para minerar a principal criptomoeda, é preciso fazer um cálculo um tanto complexo.

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Segundo VoskCoin, isso engloba saber o uso mensal de eletricidade da máquina de mineração, dividido pelas horas de pico de sol mensais. Esse resultado deve então ser multiplicado por 1.000, para em seguida ser dividido pela potência nominal do painel solar.

O youtuber coloca essa matemática em prática usando como exemplo uma mineradora ASIC do modelo Antminer S19. Sabendo que essa máquina consome 72 kWh por dia, esse número é multiplicado por 30 dias, representando um consumo de 2.160 kWh por mês. 

Esse número é dividido em seguida pelo total de horas mensais de sol de pico — o que vai variar dependendo da localização de onde o experimento é feito. Em um lugar em que o pico de sol por mês é por volta de 156 horas, por exemplo, o cálculo final fica em 13,84. Ao multiplicar esse número por 1.000, o resultado fica 13.846 watts.

Na última parte do cálculo, é preciso dividir esse número pela potência do painel solar. Pegando como exemplo um modelo padrão de 400 watts, o resultado final fica em 34,6.

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Isso significa que um usuário que tilize o equipamento usados no exemplo precisará de 35 painéis solares para minerar Bitcoin, ou seja, um sistema de 14 kWh.

Vale a pena?

Como já se pode imaginar neste momento, minerar Bitcoin apenas com a energia do sol não é uma tarefa simples e muito menos lucrativa. 

Conforme mostrou o vídeo de VoskCoin, o custo total de painéis solares que, juntos, resultam em 14 kWh, fica por volta de US$ 31.191, ou cerca de R$ 162,1 mil. Esse número já alto pode subir mais ainda sem os incentivos fiscais que existem nos EUA. Sem eles, o custo subiria para US$ 42,1 mil.

Em outros países, cujos governos não possuem o mesmo incentivo, o preço só tende a ser maior, deixando ainda mais difícil ter um retorno sobre esse tipo de investimento.

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“Quando você lida com energia solar, estamos falando de anos – não meses, não semanas, definitivamente não dias – quanto ao ROI (retorno sobre investimento)”, disse Vosk.

Mineração sustentável

Apesar de não ser uma atividade lucrativa em escala individual, o youtuber não deixa de pontuar a relevância da iniciativa, ou seja, gerar sua própria energia para minerar Bitcoin.

Experimentos deste estilo já acontecem em outras partes do mundo. Na Guatemala, por exemplo, a comunidade à beira do lago de Atitlán, na cidade de Panajachel, usa óleo de cozinha usado para gerar energia que alimenta máquinas de mineração de bitcoin.

Em conversa com o Portal do Bitcoin no passado, um dos criadores dessa iniciativa, chamado Bill Whittaker, disse que experimentos como esse derrubam uma narrativa de que toda forma de mineração de criptomoedas é danosa ao meio ambiente. Pelo contrário, a atividade pode ser benéfica em casos como nesse local apelidado de Lago Bitcoin, ajudando a dar um novo significado para algo visto como lixo, altamente danoso se descartado incorretamente.

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