Imagem da matéria: Youtuber de criptomoedas terá que comparecer a tribunal após ser acusado de assédio: "Ameaças violentas diárias"
Ben “Bitboy” Armstrong (Reprodução Twitter)

O influencer de criptomoedas Ben “Bitboy” Armstrong foi intimado a comparecer perante um tribunal de Miami, nos EUA, na próxima semana para resolver alegações de assédio dirigidas contra ele em uma ação liderada pelo advogado Adam Moskowitz.

Armstrong foi nomeado réu em uma ação coletiva no mês passado, coliderada por Moskowitz e pelo advogado David Boies. O processo alega que vários influenciadores promoveram criptomoedas que seriam títulos mobiliários não registrados na na falida FTX. Os criadores da ação pedem no total mais de US$ 1 bilhão em danos.

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Armstrong se recusou a comentar sobre sua intenção de comparecer pessoalmente à audiência, que está marcada para 20 de abril. Mas o influenciador disse ao Decrypt que ele antecipa a oportunidade de “encarar esses golpistas nos olhos”, referindo-se aos membros do escritório de advocacia de Moskowitz.

“Nós vamos lidar com eles, e isso não vai acontecer da maneira que eles estão esperando”, disse Armstrong através de uma mensagem no Twitter. “Mais uma vez, o escritório de advocacia Moskowitz mostrou que vai mentir descaradamente e inventar falsas alegações na tentativa de chamar a atenção.”

Moskowitz disse ao Decrypt que ele e seu escritório de advocacia estão “extremamente gratos” pela decisão do Tribunal de abordar o assunto em breve.

Quando o processo apareceu pela primeira vez no mês passado, Armstrong alegou que nunca tinha recebido um dólar da FTX para fazer propaganda e que ele planeja entrar com uma ação judicial. Desde então, Armstrong saiu atacando Moskowitz e seu escritório de advocacia no Twitter.

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Mas o alegado assédio de Armstrong não se limita apenas a um discurso no Twitter, de acordo com documentos judiciais apresentados na semana passada.

Solicitando que Armstrong fosse condenado a comparecer perante um tribunal da Flórida, Moskowitz alegou que Armstrong fez “ameaças violentas diárias” contra os demandantes e advogados do processo, que incluiriam telefonemas e e-mails.

O próprio Armstrong compartilhou alguns desses e-mails, de acordo com alegações que ele fez nas redes sociais, onde Armstrong chamou o advogado de “pussy” e de “bitch.” (algo como “bunda mole” e “vagabundo” no português).

Em um telefonema, Armstrong supostamente disse que os endereços residenciais de Moskowitz e seus colegas estão circulando ativamente no Reddit, provocando preocupações de segurança em nome do advogado.

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“Há algumas pessoas malucas por aí que seguirão conselhos malucos, mesmo que não sejam diretamente da própria pessoa”, disse Moskowitz ao Decrypt, acrescentando que seu maior medo é o que um dos milhões de seguidores de Armstrong poderia ser forçado a fazer.

Além disso, Moskowitz disse ao Decrypt que a conduta de Armstrong é diferente de tudo o que o advogado experimentou em sua carreira jurídica de décadas que abrange a apresentação de milhares de ações judiciais coletivas.

Celebridades na mira

Embora Armstrong possa ser o réu mais eloquente incluído no processo, a queixa nomeou outras estrelas proeminentes do YouTube, como Graham Stephan, Kevin Paffrath, Jaspreet Singh, Andrei jih, Brian Jung, Jeremy Lefebvre e Tom Nash — criadores de conteúdo com milhões de seguidores combinados.

Semelhante às numerosas celebridade que promoveram a FTX, o processo alega que a FTX não poderia ter se tornado um negócio tão lucrativo sem vozes proeminentes que contribuíram para a imagem em torno do fracassado império cripto de Sam Bankman-Fried.

“A FTX não poderia ter subido a alturas tão grandes sem o impacto maciço desses influenciadores”, segundo o que a queixa do processo afirma, alegando que “colocaram muito hype na plataforma FTX para receber pagamentos não revelados que variam de dezenas de milhares de dólares a subornos multimilionários.”

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A FTX foi uma das plataformas mais populares na negociação de criptomoedas até que entrou em colapso abruptamente em novembro de 2022, arrastando para baixo o preço de criptomoedas como Bitcoin e Ethereum à medida que a empresa afundava e manchava a reputação da indústria de ativos digitais.

Sam Bankman-Fried mais tarde foi preso nas Bahamas e posteriormente extraditado para os EUA, onde foi acusado de uma série de crimes financeiros, incluindo fraude.  

O criador da FTX alega que é inocente das 13 acusações que lhe foram imputadas. Enquanto isso, alguns de seus aliados comerciais mais próximos já concordaram em cooperar com investigações sobre o colapso da exchange e se declararam culpados de acusações.

O processo de recuperação judicial da FTX está em andamento e o julgamento criminal de Bankman-Fried deve ocorrer em outubro.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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