Imagem da matéria: Irmãos Winklevoss fazem campanha por regulação de criptomoedas
Irmãos Winklevoss (Foto: Flicker/Divulgação)

“Revoluções precisam de regras”. Essa frase afirmada pelos irmãos Winklevoss, sintetiza a opinião deles, que nessa semana chegaram a publicar um anúncio no New York Times defendendo a regulação de criptomoedas, segundo publicação deles feita no Twitter.

O anúncio era de página inteira e os famosos gêmeos criaram polêmica na rede social após exporem o ponto de vista deles. No trend publicado na rede social, eles afirmam:

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“Hoje, publicamos um anúncio de página inteira no @nytimes descrevendo o que achamos que a revolução da criptomoeda precisa para ter sucesso. Revoluções que constroem conjuntos de regras para garantir um futuro melhor são as que duram.”

A reação foi nada agrádavel e muitos responderam que  o mercado de criptomoedas não precisa de regulação, mas sim de  “regras de consenso” ou  de “clareza”, e hou ve até os mais vorazes afirmando que quem precisa de regras são os gêmeos.

Tyler Winklevoss, um dos irmãos e Ceo da Gemini, também publicou um texto na Medium, intitulado “Os Princípios dos Gêmeos para a Revolução Cripto” (tradução livre do original em inglês “Gemini’s Principles for the Crypto Revolution”), pelo qual ele apresenta o ponto de vista dele e de seu irmão, Cameron Winklevoss. sobre as criptomoedas.

Nesse texto, Winklevoss disse que “a revolução criptográfica tem o potencial de resolver problemas significativos do mundo real que nenhuma outra tecnologia pode”, mas por outro lado, também afirma que isso só será possível por meio de regras.

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Na visão dele , “revoluções que constroem conjuntos de regras para garantir um futuro melhor são as que duram” e  nisso, ele  traz nesse texto  um “conjunto de princípios orientadores” formados por 5 passos, os quais tem sido seguidos pela Gemini.

O texto mais parece uma autopromoção do que realmente um artigo que visa expor opinião sobre o mercado, pois em cada um dos passos, Winklevoss fala de como a Gemini tem atuado nesse setor de criptomoedas.

Projeto Winklevoss

O primeiro passo é o de se criar regras. Winklevoss afirma que  é necessário “trabalhar com os reguladores para estabelecer uma regulamentação ponderada que promova resultados positivos e justos para todos”.

Winklevoss disse que desde 2014 tem acompanhado as audiências sobre criptomoedas do Departamento de Serviços Financeiros de Nova York (NYDFS) e que elas foram uma prévia para que houvesse  “um diálogo ponderado entre o NYDFS e a comunidade de criptografia, que acabou levando ao New York Virtual Currency Regulations”.

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O resultado, afirma Winklevoss, é que foram licenciadas doze empresas de  criptomoedas, incluindo a Gemini, que hoje  “operam dentro de uma estrutura regulatória que promove a proteção do consumidor.”

O segundo passo é justamente seguir as regras. E nisso, ele disse que a sua empresa esperou até 2015 para começar a operar

“Nossa decisão – pedir permissão, não perdão – foi a primeira em criptomoeda. Escolhemos esse caminho porque acreditamos que, para construir o futuro do dinheiro, precisamos primeiro criar confiança nessa nova classe de ativos”, afirma.

O passo seguinte é o de oferecer segurança. Quanto a isso, Winklevoss mostra que crimes financeiros não é uma particularidade das criptomoedas e têm afetado também a própria moeda fiduciária. Ele disse que “a revolução da criptografia não será bem-sucedida se nossa indústria for atormentada por atividades nefastas” que vão além da lavagem de dinheiro.

“Hackers de alto perfil que resultam em perdas catastróficas devem tornar-se uma coisa do passado e devemos abalar a imagem de uma indústria caracterizada por padrões de segurança, controles internos, políticas e procedimentos inadequados.”

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Os últimos passos estão relacionados aos princípios que uma empresa deve ter como a de colocar os interesses de seus clientes “à frente e fornecer divulgações e transparência adequadas”, além de levar as criptomoedas para lugares onde as pessoas precisam delas.

Winklevoss trata das criptomoedas como o próximo estágio da evolução financeira mundial, comparando com a própria invenção do dinheiro que solucionou “a coincidência do dilema dos desejos e removeu os grilhões do escambo”.

“(…)a invenção das criptomoedas expandiu irrevogavelmente nosso conceito de dinheiro e mudará para sempre a forma como o trocamos, transferimos e armazenamos”.

O fato é que essas criptomoedas, mesmo sem regulação, já são uma ferramenta de grande utilidade para pessoas que precisam de dinheiro e vivem em países de regime autoritário, conforme já apontou Alex Gladstein, diretor de estratégias da Human Rights Foundation.


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