Unidade da Meta focada no metaverso perde quase R$ 15 bilhões em três meses

No entanto, o lucro do grupo como um todo foi de US$ 7,47 bilhões no primeiro trimestre
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(Foto: Shutterstock)

A Reality Labs, unidade da Meta (antigo Facebook) que se concentra em produtos para o metaverso, registrou um prejuízo de US$ 2,9 bilhões no primeiro trimestre de 2022 – valor equivalente a pouco menos de R$ 15 bilhões. De acordo com os resultados da companhia divulgados na noite de quarta-feira (27), a perda é maior que a do mesmo período do ano passado, que foi de US$ 1,8 bilhão.

O faturamento da Reality Labs, contudo, é maior que no mesmo período de 2021, a empresa faturou US$ 695 milhões, ante US$ 534 milhões. 

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No comunicado à imprensa, a Meta (Nasdaq:FB) divulgou tanto os números financeiros quanto os operacionais do trimestre, com fechamento no dia 31 de março. Apesar do resultado negativo da Reality Labs, o grupo como um todo alcançou uma valorização acima do esperado.

O lucro da companhia no primeiro trimestre foi de US$ 7,47 bilhões, ou US$ 2,72 por ação, com vendas de US$ 27,9 bilhões, um aumento de 7% em relação aos US$ 26,2 bilhões de um ano atrás — o lucro também ficou abaixo considerando o mesmo período do ano passado, ou seja, US$ 9,5 bilhões, ou US$ 3,30 por ação, diz uma análise feita pelo Marketwatch.

Ainda sobre o preço das ações, a previsão média  da equipe do Meta era de US$ 2,56. Portanto, o ativo ficou acima do esperado.

Sobre os resultados, Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, disse que no trimestre houve progresso nas prioridades da companhia e que por isso estão confiantes no avanço de novos produtos.

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“Mais pessoas usam nossos serviços hoje do que nunca, e estou orgulhoso de como nossos produtos estão servindo as pessoas em todo o mundo”, comentou Zuckerberg.

Meta, Facebook, criptomoedas

A companhia com sede em São Francisco, Califórnia (EUA), e que possui cerca de 78 mil funcionários, migrou para o metaverso após várias iniciativas frustradas do antigo Facebook  em adentrar para o mundo cripto.

Primeiro veio o projeto Libra, que era lançar uma criptomoeda que não ficou clara se seria centralizada ou descentralizada ou até mesmo usaria a tecnologia blockchain.

Depois veio a ideia de uma stablecoin lastreada nas principais criptomoedas, mas que não saiu do papel. O projeto Diem, que pareceu mais uma vertente da Libra,  também não vingou.

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Ambos projetos acabaram lançando discussões tanto sobre regulamentação quanto de privacidade.

Mais recentemente, e pegando o bonde metaverso, a Reality Labs está sendo a aposta de Mark Zuckerberg na criptoeconomia, inclusive abrindo loja física para os dispositivos de realidade virtual.