Arte mostra imagem do espaço mirando a Terra envolta a uma rede de sinais holográficos
Shutterstock

Existem diversos tipos de fundo de investimento. Muitos deles, por possibilitarem aportes acessíveis, atraem a atenção de diversos investidores – inclusive os iniciantes. Por outro lado, há possibilidades mais complexas, voltadas aos investidores experientes, como é o caso do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), voltado aos direitos de créditos.

Eles representam fundos detidos por uma ou várias empresas. Ao serem adquiridos, passam à condição de credores da empresa, exercendo todos os direitos que lhes competem, como acompanhar garantias e exigir pagamentos em taxas de juros. Dentro desse universo mais qualificado de investimentos, vemos a chegada da tokenização como promessa de revolucionar o segmento. Ele segue transformando o mercado financeiro e, agora, são os modelos tradicionais que precisam se adaptar para caber nessa nova realidade.

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Os sistemas de gestão atuais não agradam mais os investidores, seja pelo excesso de regulação do nicho bancário, os altos custos impostos ou o crescimento dos ataques cibernéticos, que colocam em xeque a confiança nas arquiteturas de segurança dos custodiantes.

Para transformar essa realidade, a terceirização da gestão vem se tornando um segmento de vital importância no mercado financeiro global, pois responde por grande parte da movimentação de ativos nas economias. Estima-se que ela atinja quase US$ 150 trilhões em negócios em 2025.

Tokenizar ativos e direitos é realidade em diversos setores do mercado, como imobiliário, agronegócio e até em clubes de futebol. Neste sentido, negociar cotas de fundos creditórios tokenizados é uma evolução natural, que torna os produtos financeiros cada vez mais transparentes, ágeis e seguros, já que o mercado não tem mais dúvidas quanto aos impactos das tecnologias disruptivas.

No modelo atual, os dados do fundo ficam concentrados em um servidor da instituição financeira e dependentes das políticas de segurança dela. No uso de token, as movimentações – vendas de cotas, resgates, remunerações – devem ser validadas por todos os computadores.

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Já a tokenização é hospedada em uma blockchain, um ecossistema composto de enorme quantidade de computadores com alta capacidade de processamento. E cada um mantém uma cópia exata da posição do fundo. Com isso, cada operação é criptografada e inserida em uma cadeia de dados com identificações únicas. Essa arquitetura digital impede ataques virtuais e fraudes.

A operação é revolucionária e chega para realizar captações mais rápidas, em especial de ativos que não possuem lastro em valores mobiliários regulados pela CVM, já que reduz os intermediários e agiliza as atividades. Também é um investimento sem fronteiras, pois o mercado cripto funciona full time e permite que pessoas de todo o mundo possam operar, independentemente de tempo e espaço.

Hoje, existem empresas especializadas em atender a essas demandas e apoiar o grande volume de operações desses fundos por meio de plataformas inovadoras, que garantem respostas precisas na governança das atividades. A tokenização dos fundos de recebíveis traz uma transformação importante para o produto, tanto para quem oferta quanto para quem deseja comprar token de cota de FIDC, aumentando a atratividade.

O mercado se transforma pelas novas maneiras de realizar investimentos e negócios, caminhando cada vez mais ao lado da modernidade. A evolução é certa, portanto aqueles que se adaptarem à novas possibilidade vão sair na frente da concorrência!

Sobre o autor

Cássio Krupinsk é CEO da BLOCKBR

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