“Tokenização irá criar mercado de capitais mais eficiente”, diz Roberto Campos Neto

Segundo Campos Neto, tokenização aumenta eficiência por conta de custo menor de registro, divisibilidade imediata e transparência
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto durante audiência Pública na comissão de Finanças e Tributação da Câmara (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

O DREX e a tokenização vão criar um mercado de capitais muito mais eficiente. A afirmação foi feita pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante participação no Expert XP nesta sexta-feira (30). 

Segundo Campos Neto, a tokenização aumenta a eficiência do mercado de capitais por conta de três fatores: “Primeiro, porque o custo do contrato registrado é mais barato; segundo, porque a divisibilidade é imediata; e terceiro, porque a transparência em tempo real é muito grande”. 

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O presidente do Banco Central prevê que as inovações terão especial impacto nos setores de securitização, securitização cruzada, e a parte de não-linearidade dentro do mercado linear, como renda fixa, ações e instrumentos híbridos. 

Ao final, Roberto Campos ressaltou a importância de que o Brasil desenvolva o seu setor financeiro e que isso é do interesse do país todo. “Temos que seguir com essa agenda de crescimento do mercado de capitais. Não é razoável imaginar que o mercado de capitais é composto por especuladores que estão prejudicando o país”, disse. 

O economista aponta que o mercado deve sempre se orientar pelo preço, pois é esse elemento que faz os recursos serem alocados de forma eficiente. “Toda vez que fugimos dessa função do preço, seja por subsídios ou porque seria um crédito direcionado, perdemos eficiência, não ganhamos. Então, estamos construindo um mundo onde, além de buscar eficiência, buscamos também a eficiência digital e tokenizada”.

Sem prazo de entrega do Drex

Recentemente, durante o evento Febraban Tech, Clarissa Souza, coordenadora de tecnologia do Banco Central, ressaltou que não há uma previsão de entrega do Drex.

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“Começamos o projeto em janeiro de 2023 e trouxemos um desafio de teste montando um grupo com 16 consórcios para avaliar o problema da privacidade com a programabilidade”, disse Souza, ressaltando que esta segunda fase será para que bancos implementem casos de uso e tentem usar as soluções de privacidade que foram testadas.

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