Tether, controladora da maior stablecoin do mercado cripto (USDT), vai passar a fazer compras recorrentes de Bitcoin (BTC), investindo 15% de seu lucro, regularmente, no criptoativo. A reportagem é do site The Block, feita na manhã desta quarta-feira (17).
A Tether Holdings Limited reportou lucro de US$ 1,48 bilhão no primeiro trimestre de 2023, o que resultaria em uma compra trimestral de US$ 222 milhões em BTC, caso as novas políticas financeiras já fossem colocadas em prática.
Segundo anunciado, a empresa deve direcionar a porcentagem de 15% do lucro líquido para aquisição de Bitcoin, que eles consideram “uma ótima opção de investimento com um histórico de retornos impressionantes na última década”. A Tether fará a autocustódia destes investimentos, com a intenção de segurar para o longo prazo.
Com base nos últimos resultados da controladora do USDT e no Índice de Preço do Bitcoin (IPB), seriam compras de mais de 8.000 BTC por trimestre.
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Atualmente, as reservas da companhia são compostas em 2% por Bitcoin, para um total de cerca de US$ 1,5 bilhão em BTC. O comunicado da Tether afirma que, apesar do atual plano financeiro, as reservas em Bitcoin não devem superar o total de capital dos acionistas e podem ocorrer mudanças na política financeira no futuro para respeitar esta questão.
“A decisão de investir em bitcoin, a primeira e maior criptomoeda do mundo, é sustentada por sua força e potencial como ativo de investimento”, disse Paolo Ardoino, CTO da Tether, ao The Block. “O Bitcoin provou continuamente sua resiliência e emergiu como uma reserva de valor de longo prazo com potencial de crescimento substancial. Sua oferta limitada, natureza descentralizada e adoção generalizada posicionaram o Bitcoin como uma escolha preferida entre investidores institucionais e de varejo.”
“Nosso investimento em Bitcoin não é apenas uma forma de melhorar o desempenho de nosso portfólio, mas também um método de nos alinharmos com uma tecnologia transformadora que tem o potencial de remodelar a forma como conduzimos negócios e vivemos nossas vidas”, acrescentou Ardoino.
As transações em USDT representam uma enorme parte do mercado brasileiro de criptomoedas. Dados da Receita Federal apontam crescimento de 57% das operações com a stablecoin da Tether entre 2021 e 2022. Em números absolutos, foram reportados R$ 63,8 bilhões em 2021, contra R$ 100,7 bilhões no ano seguinte.
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