Na noite de quinta-feira (5), os usuários descobriram que a plataforma de mensagens Telegram havia removido discretamente parte de uma seção de seu FAQ relacionada à moderação de chats privados em grupo — embora uma parte chave da frase controversa permaneça presente em outros lugares.
O FAQ do Telegram anteriormente afirmava: “Todos os chats e chats em grupo do Telegram são privados entre seus participantes”, embaixo de uma pergunta relacionada à remoção de conteúdo ilegal no aplicativo de mensagens.
Agora, o Telegram mudou isso para permitir que os usuários sinalizem conteúdo ilegal em chats privados através de um botão “reportar” ou enviando um e-mail para uma linha direta de abuso, de acordo com o WaybackMachine.
Embora a frase tenha sido removida de uma parte do FAQ, ela permanece visível abaixo da pergunta sobre violações de direitos autorais de bots, onde o Telegram esclarece que os chats privados permanecem sem moderação.
O conteúdo disponível publicamente, como bots, canais e conjuntos de adesivos, continua sujeito a escrutínio, aumentando ainda mais a confusão.
O Decrypt entrou em contato com o Telegram para esclarecer a frase e se a plataforma adotará ou não uma postura mais proativa na moderação de conteúdo ilegal. Esse é um ponto sensível para os defensores da segurança que foram rápidos em destacar a remoção da frase.
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De qualquer forma, partes do FAQ abordam especificamente as solicitações de remoção, afirmando que o Telegram processa aquelas relacionadas a conteúdo público ilegal, mas se recusa a participar de censura politicamente motivada.
O Telegram observa que só bloqueará conteúdo relacionado ao terrorismo, como canais do ISIS, enquanto permite a expressão pacífica de opiniões alternativas.
A atualização ocorre após a prisão do cofundador do Telegram, Pavel Durov, na França no mês passado. Durov enfrenta acusações de não cooperar com as autoridades que investigam atividades ilegais na plataforma.
Na quinta-feira, Durov divulgou uma declaração abordando os desafios trazidos pelo rápido crescimento do Telegram, prometendo “melhorar significativamente” a supervisão de abuso criminal em sua plataforma.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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