Com a disseminação quase que desenfreada de mineração de criptomoedas, tanto em ambientes rurais quanto urbanos nos últimos dois anos, mineradores mais conscientes na questão ambiental têm se preocupado em, de alguma forma, não prejudicar o ecossistema e fazer dessa atividade um método amigável em relação ao mundo.
Nesta semana o cofundador da exchange tcheca NakamotoX, Kamil Brejcha, publicou em sua conta no twitter uma imagem de grandes cachos de tomates. Segundo o site News Bitcoin, ele quis mostrar que aquelas plantas foram produzidas numa estufa que usa o excesso de calor gerado por máquinas mineradoras, e que foi desta forma que cultivou os tomateiros.
‘CRIPTOMATES’
Brejcha, ainda de acordo com o News Bitcoin, explica que os ‘criptomates’ (batizado por ele em inglês ‘criptotomates’) se tornaram uma realidade depois que conheceu um sistema desenvolvido que ajuda a enviar o excesso de calor das máquinas para a estufa, pois já era sabido que plataformas de mineração e servidores dessa atividade realmente dispersam muito calor.
“Quem poderia imaginar que a mineração de criptomoedas e a agricultura podem trabalhar juntas? O primeiro lote de ‘criptomates’ está pronto para ser colhido. Estamos usando o excesso de calor para a estufa de tomate e está funcionando :-)”, dizia Kamil na legenda da imagem publicada no seu twitter.
Startup de Criptoagricultura
Brejcha diz que o projeto está em “modo furtivo” e revela que a equipe que produz os ‘criptomates’ está preparando uma startup chamada “Agritechture” (fusão das palavras agricultura e tecnologia em inglês, mas que denota ‘criptoagricultura’). Porém, ele dá alguns detalhes para seus seguidores, explicando que a estufa é de cerca de 50.000 m². De acordo com Kamil, as pessoas poderão comprar seus tomates em lojas comuns.
Uma pessoa pergunta a Brejcha por que a equipe não cultivou plantas de cannabis com o excesso de calor de mineração, e ele respondeu:
“As leis são rigorosas aqui, e infelizmente não conseguimos autorização para o cultivo de maconha medicinal, então escolhemos tomates e outros vegetais. Estamos também produzindo nossa própria energia – a alimentação das máquinas é 100% de energia produzida com bioresíduos”.
Brejcha diz que a equipe desenvolveu um sistema chamado “Cointainer”, que está localizado no porão, e o excesso de calor de mineração é soprado nas estufas. Além disso, ele afirma que a equipe tem uma sistema de agricultura vertical planejada para o roteiro da inicialização, além de seguir os estágios iniciais do projeto.
Demandas da mineração
Muitas discussões surgiram recentemente sobre a demanda de energia elétrica para uso de mineração de Bitcoin. Até agora, com todas as queixas sobre mineração desperdiçando energia, muitos mineradores como Brejcha estão mostrando que as pessoas que minam podem gerar energia através de ciclo permanente enquanto produzem criptomoedas e alimentos.
Várias empresas também têm pensado em aproveitar o aquecimento da mineração para outras utilidades, como recentemente foi lançado um Criptoaquecedor por uma empresa francesa.
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