Imagem da matéria: Staking e internet das blockchains: as novidades da Chainlink (LINK) para 2022
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Chainlink, a rede que apresenta de forma segura dados do mundo real ao mundo dos contratos inteligentes, chegou bem longe desde outubro de 2018, quando o Decrypt se deparou pela primeira vez com a fornecedora de oráculos descentralizados no anual Web Summit, em Berlim.

Já que contratos inteligentes são um alicerce das finanças descentralizadas (DeFi), oráculos que ativam sua execução segura, com base em eventos verificáveis do mundo real — como quando uma criptomoeda atinge um valor específico, ou uma falta de medição de chuvas afeta um pagamento de seguros —, são fundamentais.

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Chainlink começou ao fornecer dados de preço de criptomoedas, de inúmeras fontes, a protocolos DeFi, como a plataforma de empréstimos Aave. Porém, atualmente, a rede faz bem mais que isso.

Agora, o ecossistema possui mais de mil integrações de projetos, com 700 redes de oráculo assegurando mais de US$ 75 bilhões em valor —uma alta de dez vezes em comparação a 2020 — e acessando mais de um bilhão de pontos de dados.

Chainlink também passou por um aumento de três vezes do número de participantes em seu hackathon e duplicou o uso público de seus repositórios de software Chainlink Github — geralmente citados como uma métrica de adesão.

Todo esse crescimento ajudou LINK a subir 52% nos últimos 12 meses.

Durante esse tempo, AccuWeather e Associated Press firmaram parcerias com a Chainlink para a verificação de dados e Eric Schmidt, ex-CEO do Google, entrou para a empresa como conselheiro — são apenas os sinais mais recentes da atenção que a Chainlink está gerando por conta de suas crescentes aplicações.

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Em entrevista exclusiva ao Decrypt, Sergey Nazarov, CEO da Chainlink, compartilhou o que está por vir.

Os principais destaques DeFi são: staking, algo que a Chainlink não havia confirmado antes, além de uma menção em um vídeo sobre seu roadmap, publicado no último sábado (1º).

Staking de LINK

A Chainlink irá lançar staking no primeiro semestre de 2022, permitindo que holders de LINK garantam a segurança da rede ao bloquear parte de seus tokens no protocolo, obtendo recompensas em troca.

É um recurso que os “marinheiros” de LINK, o nome dado a fãs da Chainlink, sempre pediram: “Apenas nos dê staking, cara. Faça uma bifurcação, assim como as outras pessoas fazem”, relembrou Nazarov, em tom de imitação.

Mas redes de oráculos “são um novo tipo de consenso, então não é tão simples como copiar o staking de outra pessoa e lançá-lo. O verdadeiro desafio é criar um sistema de staking para um tipo completamente novo de consenso”, explicou ele.

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Diferentes do Bitcoin e Ethereum, redes de oráculos são formas únicas de computação descentralizada. Uma rede de oráculos não é uma blockchain.

“Não criamos blocos”, garantiu Nazarov. “Geramos consenso de centenas de redes de oráculos sobre dados de preço, dados sobre o clima e computações”.

A Chainlink trabalha há anos em uma solução de staking e em seu whitepaper, publicado em abril de 2021, detalhou como irá funcionar.

Nazarov afirma que a equipe agora está completamente contente com a segurança e escalabilidade do sistema que criaram, que foi auditado e, atualmente, está em fase de testes. Ele se recusou a especificar quando será o lançamento.

Expansão além do fornecimento de dados

Embora as capacidades de dados da Chainlink tenham sido o foco de suas iniciativas de escalabilidade em 2021, o último ano também fez com que a fornecedora de oráculos lançasse recursos adicionais para suas redes.

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O mais notável deles é a geração de números aleatórios (na criptografia, chamada de função de aleatoriedade virtual ou VRF) e seu serviço de contratos inteligentes chamado Keepers, que permite a automatização de instruções cada vez mais complexas.

chainlink
A Chainlink fornece dados validados, computação fora da blockchain e serviços entre cadeias (Imagem: Chainlink)

VRF já recebeu mais de 2,5 milhões de solicitações de aleatoriedade. Ao longo de 2021, redes de oráculos foram adotadas não apenas no meio DeFi, mas nos setores de Finanças Centralizadas (CeFi), jogos, seguros e tokens não fungíveis (NFT).

Grandes projetos NFT, como Bored Ape Yacht Club e Axie Infinity, usam VRF. O serviço de staking PoolTogether implementa tanto Keepers como VRF — ambos fazem parte dos crescentes recursos computacionais da startup, que a equipe planeja desenvolver no próximo ano.

A Chainlink também vai lançar CCIP, um padrão global de mensagem e comunicação entre blockchains.

CCIP visa fazer o que TCP/IP fez pela internet: conectar todos as blockchains em uma só “internet de blockchains” por meio de contratos inteligentes entre cadeias, explicou Nazarov.

“Até agora, não existem sistemas seguros e formas seguras que as pessoas conseguem fazer isso em grande escala”, disse. O projeto tem colaboradores, incluindo Celsius, e dezenas de bilhões de dólares já foram alocados, segundo a Chainlink.

Mas apesar de a previsão de lançamento do CCIP ser para 2022, levará mais um ano para desenvolvê-lo completamente — uma estratégia que está se tornando um padrão da Chainlink.

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Chainlink, Google e o crescimento em 2022

A Chainlink não é uma desconhecida na integração de grandes projetos, pois firmou parcerias com FedEx, FlightStats e Swift em 2018.

Mas especialistas da indústria consideram a contratação de Eric Schmidt como conselheiro como a maior façanha até agora.

A relação com a Chainlink surgiu quando Nazarov ouviu amigos mútuos falarem que Schmidt, que atuou como presidente e CEO do Google por dez anos, estava interessado em oráculos e os considerou como uma possível “máquina da verdade” — uma forma de fornecer garantias sobre um acontecimento.

Schmidt está atuando como conselheiro técnico e ajudando a desenvolver a startup de “uma forma altamente escalonável”, garantiu Nazarov, junto com conselheiros da Chainlink, incluindo Tom Gonser, cofundador do DocuSign, e Jeff Weiner, ex-CEO do LinkedIn.

O plano da Chainlink para o próximo ano é “continuar escalonando nessa espécie de taxa vertical insana que tivemos”, explicou Nazarov. Em 2021, a equipe da Chainlink cresceu de 70 para 250. Este ano, veremos esse total mais do que duplicar.

Em 2022, Nazarov prevê que muito mais bancos, seguradoras e outras instituições irão acolher DeFi, mas também desenvolver seus próprios sistemas para lançar seus próprios contratos inteligentes.

A Chainlink pode fornecer a essas empresas uma ponte para DeFi sem ter de se integrar com protocolos.

“Empresas não querem criar tokens”, afirmou. “Querem criar contratos derivativos, contratos de seguros, contratos de cadeia de suprimento e, sem oráculos, você não pode fazer isso”.

Se ele estiver certo, então a Chainlink está pronta para outro surto de crescimento em 2022, mesmo se seu futuro como uma ambiciosa “máquina da verdade” de Schmidt continuar sendo um projeto sob desenvolvimento.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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