Imagem da matéria: Sócios da 123 Milhas faltam à CPI das Pirâmides Financeiras no mesmo dia da recuperação judicial e recebem ultimato
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Os donos das 123 Milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, faltaram na sessão da CPI das Pirâmides Financeiras desta terça-feira (29). O depoimento de ambos estava marcado para ocorrer durante a tarde, mas o presidente da comissão, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade/RJ), acolheu pedido para adiar. 

Agora, ficou definido que os empresários a princípio irão falar na quarta-feira (30). O pedido de adiamento foi feito com a justificativa de que o advogado dos donos das 123 Milhas não poderia comparecer na data e que ficou sabendo da convocação pela internet. 

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“Caso se eximam de comparecer, não restará outra alternativa a esta CPI que não seja requerer a condução coercitiva. Pois, como foi frisado no voto da eminente ministra, eles têm o dever de comparecer”, afirma Ribeiro. 

O deputado se referiu a um voto da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, no qual a magistrada determinou que os empresários poderiam ficar em silêncio, mas que eram obrigados a comparecer.

“Acreditamos que eles vão conseguir emitir uma passagem. Não sei se eles vão conseguir pela 123, mas acredito que não vai ser problema de passagem para comparecer”, disse Aureo, em momento de provocação.

Nesta terça-feira (29), a 123 Milhas entrou com pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte. No processo, a empresa relata ter dívidas de R$ 2,3 bilhões. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

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Motivos para envolver 123 Milhas

O presidente da comissão falou sobre o motivo de a CPI das Pirâmides Financeiras, que tem grande foco em esquemas que envolvem criptomoedas, ter se virado para o caso 123 Milhas: “Milhas são uma moeda virtual, como tantas outras. Existem sérios indícios de ocorrência de pirâmide”. 

O relator da CPI, deputado Ricardo Silva (PSD/SP), afirmou que os parlamentares chegaram à conclusão de que se pode tratar de uma grande pirâmide. 

“As pessoas colocam o dinheiro e do dia para a noite eles dizem que não conseguem honrar. Pode acontecer, mas se você não honra e não compra a passagem das pessoas, o que se espera é que você devolva o dinheiro que essa pessoa pagou. Preferiram sumir com o dinheiro. Será que é isso? Por isso a quebra de sigilo. Nós temos que saber o que eles fizeram com dinheiro dessas pessoas”, disse Silva.

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