Imagem da matéria: Ex-síndico acusado de desviar R$ 700 mil de condomínio para investir em Ethereum (ETH) é preso em SP
Foto: Polícia Civil do Paraná/Divulgação

Um ex-síndico acusado de desviar R$ 700 mil de um condomínio de luxo de Londrina (PR) para supostamente investir em Ethereum (ETH) foi preso na quarta-feira (11) em uma operação conjunta da Polícia Civil do Paraná e de São Paulo.

O infrator foi encontrado na sua residência em Itapetininga (SP). Durante a operação, os policiais também apreenderam documentação de imóveis, computador, tablet, televisão, coleção de relógios e três veículos.

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O delegado responsável pelo caso, Jayme Sousa Filho, disse ao Portal do Bitcoin que os desvios ocorreram entre 2016 e 2017, mas que o prejuízo dos moradores pode ser maior e chegar a R$ 1,2 milhão, visto que a gestão do suspeito durou entre 2014 e 2021.

Ele falou que os condôminos identificaram discordâncias nas informações fornecidas nas prestações de contas em abril deste ano, quando uma nova gestão tomou posse e fez uma auditoria:

“A partir do momento que tiveram acesso a conta bancária do condomínio, os moradores constataram que não havia sobrado praticamente dinheiro algum. O síndico desviava os valores para a sua própria conta e falsificava extratos bancários para fingir que o dinheiro permanecia no condomínio, por isso conseguiu ficar mais de seis anos na gestão”.

História duvidosa

Quando os condôminos foram à delegacia em abril para registrar um boletim de ocorrência, o síndico se apresentou às autoridades no mesmo dia. Na ocasião, ele falou que utilizou o dinheiro para investir em criptomoedas. 

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“Ele disse que efetuava saques mensais de R$ 20 mil e R$ 30 mil e entrega o valor a um suposto corretor que faria aplicações em Ethereum (ETH). Mas em momento algum ele mostrou prova dessa alegação, nem foi capaz de apresentar comprovantes das operações”, falou Sousa Filho.

O síndico disse para a polícia que o corretor fugiu com todo o dinheiro, mas as autoridades não confirmam essa versão pela falta de provas. Segundo o delegado, “tudo indica que ele usou esse subterfúgio das criptomoedas para justificar o desaparecimento do dinheiro”.

Prática recorrente

A Polícia Civil identificou ao longo das investigações que o ex-síndico desviava dinheiro com frequência, inclusive para contas de terceiros que nunca prestaram serviços ao condomínio.

Parte do montante também era enviado para contas de duas empresas pertencentes ao acusado, que atua como representante comercial do ramo de confecções em Londrina.

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O homem responderá pelos crimes de apropriação indébita, cuja pena é de 1 a 4 anos, podendo subir um terço em razão da atividade que exercia como síndico, e falsificação de documentos, cuja pena pode chegar a 5 anos. Outros dois empresários da cidade envolvidos no esquema também foram indiciados pelo crime de receptação.

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