Semana cripto: Bitcoin e Ethereum estagnam no Natal; Dogecoin é a perdedora da semana

Enquanto as criptomoedas fecham o ano em queda, reguladores americanos prometem redobrar fiscalização ao setor após colapso da FTX
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Foto: Shutterstock

O mercado de criptomoedas está entrando no ano novo, mas a semana que antecedeu o Natal trouxe ganhos muito modestos para os dois principais ativos do setor.

Tanto Bitcoin (BTC) quanto Ethereum (ETH) estão estagnados na manhã deste domingo (25), cotados a US$ 16,8 mil e US$ 1,2 mil, respectivamente. Esses preços refletem uma semana também calma em que o BTC subiu apenas 0,6% e o ETH 3%, de acordo com dados do CoinMarketCap.

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Já a memecoin mais popular do mercado, Dogecoin (DOGE), enfrentou perdas notavelmente mais pesadas nos últimos sete dias. O valor de um DOGE é 8,8% menor do que na semana passada e atualmente é negociado por US$ 0,076.

A popularidade da Dogecoin diminuiu quando o fã número um da criptomoeda, Elon Musk, tuitou uma enquete perguntando se ele deveria deixar o cargo de CEO do Twitter. A maioria dos consultados, cerca de 10 milhões de pessoas, votou “Sim”.

Perdas percentuais de dois dígitos foram sentidas na última semana pelos detentores de Solana (SOL), que caiu 15% para US$ 11,86. Cardano (ADA) caiu 13% para US$ 0,25, Polkadot (DOT) caiu 14% para US$ 4,47, Avalanche (AVAX) caiu 10% para US$ 11,78 e Quant (QNT) caiu 12% para US$ 105.

Ethereum Classic (ETC), Uniswap (UNI), Litecoin (LTC) e Polygon (MATIC) registraram perdas semelhantes de cerca de 9%.

Por fim, houve rumores em Washington esta semana de que o desastre da FTX poderia significar o fim das corretoras centralizadas de criptomoedas. 

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A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) intensificou seu ataque à indústria de criptomoedas por meio da investigação. A agência tem como alvo os figurões da FTX por fraude de valores mobiliários, rotulando o token nativo da FTX, o FTT, como um valor mobiliário.

É uma mudança semântica sutil, implicando que a SEC agora vê o token como um título em si, independentemente de como foi comercializado para os consumidores.

As lições das criptomoedas em 2022

Com mais um ano prestes a terminar, vale a pena diminuir o zoom e considerar onde 2022 se encaixa na narrativa cripto. Foi mais um ano de montanha-russa, mas ao contrário dos picos inebriantes de 2021, este foi certamente um vale doloroso para todos na indústria de uma forma ou de outra.

O preço do Bitcoin caiu mais da metade ao longo do ano (embora ainda falte uma semana para que um milagre aconteça), enquanto o Ethereum se desvalorizou por um fator de três. Essas pesadas perdas entre os dois líderes de mercado obviamente também não eram um bom presságio para o mercado mais amplo.

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Mas este foi um ano em que a indústria precisou aprender lições importantes, e aprendeu, por meio de um método antigo e testado: o fracasso.

O ponto central do mercado de baixa de 2022 foram os colapsos históricos do ecossistema Terra (tanto LUNA quanto sua stablecoin algorítmica UST) e a exchange FTX. O contágio de ambos os eventos se espalhou por toda a indústria, levando muitas empresas à falência e nos fornecendo estudos de caso sobre o que não fazer no futuro.

Curiosamente, a popularidade do Bitcoin entre os investidores de varejo — pessoas comuns em oposição a investidores institucionais, como Tesla e MicroStrategy — cresceu exponencialmente ao longo do ano. Em 2020, apenas 12% da oferta total estava nas mãos das pessoas, mas agora esse número aumentou para pouco mais de 17%, a proporção mais alta de todos os tempos.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.co.