Imagem da matéria: Santander lança artigos educativos que exaltam benefícios do Bitcoin
Foto: Shutterstock

O Santander é um dos vários bancos tradicionais que no passado viraram as costas para o mercado das criptomoedas, fechando contas de empresas do setor e restringindo o envio de dinheiro de clientes para exchanges, mas que agora tentam mudar a rota e se aproximar dos criptoativos. 

O banco espanhol lançou em suas páginas na internet uma série de artigos educativos chamada Digital Assets 101, para explicar “tudo que você precisa saber sobre Bitcoin”. Nesta série, o Santander exalta os benefícios do Bitcoin e o apresenta como “um ativo financeiro sustentado por uma tecnologia com grande potencial, que aumenta a segurança, a rastreabilidade e a transparência nas redes e sistemas de dados”.

Publicidade

O artigo aborda desde a publicação do whitepaper do Bitcoin por Satoshi Nakamoto em 2008, o primeiro bloco minerado em 2009, como acontece a mineração e o halving da criptomoeda, e usa ilustrações para explicar como uma transação de bitcoin funciona entre duas pessoas:

Outros artigos do Santander da série Digital Assets 101 explicam o que é blockchain e para que a tecnologia pode ser usada; o que são sistemas criptográficos e o conceito de Merkle tree; e uma introdução às soluções de segunda camada, como a Lightning Network do Bitcoin.

O Santander exalta a capacidade da Lightning processar grandes volumes de micropagamentos instantâneos de bitcoin e fornecer uma solução para o problema de escalabilidade, “pois pode suportar milhões de transações por segundo”.

O texto cita empresas como Shopify e algumas unidades do McDonald’s que já aceitam pagamentos de bitcoin através da Lightning Network, e relembra como a tecnologia também é abraçada por governos, como o de El Salvador.

Publicidade

“No nível soberano, o uso da Lightning Network por El Salvador para remessas foi uma das principais razões pelas quais o país incorporou o Bitcoin como moeda legal. As remessas são um componente importante do PIB de El Salvador, por isso o país quer reduzir os custos de recebimento desses pagamentos”, diz o artigo do Santander.

Passado não tão amigável

Embora agora o Santander reconheça publicamente os inúmeros benefícios do mercado de criptomoedas, o banco não tem o histórico mais amigável com o setor cripto.

Apenas em novembro do ano passado, o Santander colocou restrições no volume de dinheiro que seus clientes poderiam transferir para corretoras de criptomoedas no Reino Unido — acompanhando uma postura mais rígida da Autoridade de Conduta Financeira (FCA) do país.

Naquele mês, o banco passou a permitir que clientes enviassem apenas 1 mil euros por transação para corretoras, com um limite total de 3 mil euros em qualquer período contínuo de 30 dias. 

Publicidade

“Nos últimos meses, vimos um grande aumento no número de clientes do Reino Unido se tornando vítimas de fraude em criptomoedas”, disse um porta-voz do Santander na época. “Queremos fazer tudo o que pudermos para proteger nossos clientes e sentimos que limitar os pagamentos às exchanges de criptomoedas é a melhor maneira de garantir que seu dinheiro permaneça seguro.”

Em agosto do ano passado, o Santander também foi criticado por fechar contas de corretoras de criptomoedas em Portugal.

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Cantor Fitzgerald e Tether planejam lançar programa de empréstimos de Bitcoin

Cantor Fitzgerald e Tether planejam lançar programa de empréstimos de Bitcoin

A Cantor Fitzgerald está aprofundando seus laços com as criptomoedas enquanto seu chefe se prepara para assumir o cargo de Secretário de Comércio nos EUA
Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin retorna aos US$ 98 mil após onda de liquidações no final de semana

Manhã Cripto: Bitcoin retorna aos US$ 98 mil após onda de liquidações no final de semana

Enquanto o Bitcoin caia para US$ 95 mil no domingo, as liquidações no mercado de futuros ultrapassaram US$ 500 milhões
Imagem da matéria: Rapper 'Razzlekhan' pega 18 meses de prisão por roubo de US$ 10 bilhões em Bitcoin

Rapper ‘Razzlekhan’ pega 18 meses de prisão por roubo de US$ 10 bilhões em Bitcoin

Heather Morgan, também conhecida como ‘Razzlekhan’, foi condenada por seu papel no hack da Bitfinex em 2016
Imagem da matéria: Chainlink se une ao piloto do Drex em consórcio com Banco Inter e Microsoft

Chainlink se une ao piloto do Drex em consórcio com Banco Inter e Microsoft

A Chainlink vai utilizar sua tecnologia para gerar interoperabilidade entre o Drex e um banco central estrangeiro