O governo da Rússia começou a vender os mais de mil Bitcoins apreendidos no maior caso de suborno da história do país. Trata-se do episódio no qual Marat Tambiev, membro do Comitê de Investigações da Rússia, aceitou propinas em criptomoeda para deixar de investigar o grupo hacker Infraud.
Tambiev foi condenado a 16 anos de prisão e agora seus bens começam a ser vendidos em prol do Estado. Na época de sua prisão, a polícia encontrou 1.032 BTC, que no momento valem US$ 96 milhões (R$ 585 milhões).
Conforme aponta a agência estatal de notícias TASS, essa primeira venda será de 1 bilhão de rublos, que na cotação do momento equivalem a US$ 9,8 milhões.
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Ou seja, os indícios apontam que o governo russo irá vender neste primeiro momento apenas cerca de 10% dos valores apreendidos em Bitcoin. O montante, segundo a agência de notícias, está guardado em uma hardware wallet Ledger Nano X.
De acordo com os resultados da investigação e do gabinete do promotor, Tambiev e dois subordinados formaram uma quadrilha para extorquir membros do grupo hacker Infraud. A promessa do investigador era de interromper a acusação criminal que se aproximava e permitir que escondessem criptomoedas equivalentes a 14 bilhões de rublos (US$ 137 milhões).
Segundo a TASS, o caso criminal envolve o maior suborno da história da Federação Russa. Tambiev não admitiu o crime e rejeitou todas as ofertas de cooperar com as autoridades em troca de penas mais amenas.
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