Ripio lança stablecoin pareada ao dólar para uso na América Latina

Um dos objetivos do novo token Criptodólar (UXD) é ajudar argentinos a enfrentarem a inflação no país, que já supera os 115% ao ano
Tokens com o símbolo do Criptodólar (UXD) da Ripio

Tokens com o símbolo do Criptodólar (UXD) da Ripio (Divulgação)

A empresa argentina de criptomoedas Ripio, que possui forte presença no Brasil, lançou sua própria stablecoin pareada ao dólar norte-americano nesta quinta-feira (3). A stablecoin chamada Criptodólar (UXD) está disponível no Brasil e Argentina pela blockchain própria da empresa, a LaChain.

Em comunicado obtido pelo Portal do Bitcoin, Sebastian Serrano, CEO e co-fundador da Ripio, diz que o Criptodólar surge em resposta à complexa situação econômica da América Latina, como uma solução para ajudar as pessoas a combater a inflação e proteger seus ativos, acrescentando que a empresa planeja incorporar a UXD para seu Cartão Ripio.

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“Projetos inovadores como o criptodólar UXD e a rede LaChain aproximam a Ripio de nosso objetivo de criar a infraestrutura necessária para desenvolver ainda mais o ecossistema blockchain e a adoção de criptomoedas na América Latina”, completa Serrano.

Segundo o portal Coindesk, o lançamento da UXD tem como um de seus objetivos apoiar os argentinos em um cenário econômico econômico negativo, marcado pela alta inflação, que já supera os 115% de aumento de preços em um ano.

A LaChain é uma blockchain de primeira camada construída para atender o público latino americano. O produto foi criado por meio da plataforma Polygon Supernet, e está sendo desenvolvida por um consórcio de empresas mantenedoras como a própria Ripio, a SenseiNode, a Num Finance, a Cedalio e a Buenbit. 

Cortes na Ripio

No início de julho, a Ripio fez uma rodada de cortes em meio às incertezas do mercado global e enxugou 18% da folha de pagamento. A informação foi confirmada pela companhia ao Portal do Bitcoin.

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As demissões ocorreram na sexta-feira (30) e diversos funcionários comentaram sobre os desligamentos no Linkedin durante a semana. Conforme a Ripio, Brasil e Argentina foram os países mais afetados — locais nos quais as equipes eram maiores.

Em nota, a Ripio afirmou que decidiu focar mais nas linhas de negócios corporativos, que são as que mais tracionaram no último ano e apresentam maior potencial de crescimento nesse contexto.

“Em 2022 redobramos nossos esforços nas avaliações de desempenho de cada uma das equipes da Ripio, pausamos novas contratações e alinhamos os orçamentos de todas as equipes, antecipando um ciclo macroeconômico complexo antes de qualquer outra empresa do setor com o objetivo de melhorar a eficiência e manter boas métricas financeiras”, afirmou a empresa em nota assinada pelo CEO Sebastián Serrano.