Imagem da matéria: Responsável por pirâmide financeira dá golpe de R$ 20 milhões e comete suicídio no RJ
Foto: Shutterstock

Um agente autônomo de investimentos causou prejuízos de cerca de R$ 20 milhões a investidores do Rio de Janeiro em um suposto esquema de pirâmide financeira.

De acordo com o Valor Econômico, André Luiz da Motta e Albuquerque, que era credenciado pela BankRio, um dos maiores da rede da XP Investimentos, realizou transações fraudulentas supostamente usando de suas relações com as empresas.

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Segundo a reportagem, Albuquerque captava recursos através de sua empresa chamada AI e Albuquerque Consultoria fora do ambiente da corretora — as transações também não passavam pelo sistema da BankRio. Mesmo assim, a XP decidiu ressarcir os clientes, diz o site.

“De qualquer forma, por mais que legalmente não tenhamos responsabilidade pelos atos causados, somos grande mantenedora da indústria independente de investimentos e todos os clientes que sofreram perdas estão sendo ressarcidos”, disse a corretora em um comunicado ao grupo dos 20 maiores escritórios vinculados à plataforma.

Albuquerque, que era vinculado à rede desde 2016, captava os recursos prometendo altos ganhos aos investidores. No entanto, em mensagens a clientes, ele dizia que usava capital próprio para ajudar um grupo restrito de amigos a ganhar dinheiro e que as operações não tinham relação com a BankRio ou com a XP.

Desta forma persuasiva, o agente conseguia depósitos na conta da AI e Albuquerque Consultoria e não os remetia para serem operados em uma corretora, no caso, ao que clientes pensavam ser na XP.

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R$ 20 milhões e suicídio

A XP recebeu uma reclamação de um investidor e detectou a fraude. A instituição, então, descredenciou Albuquerque da rede e comunicou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central.

A Albuquerque cometeu suicídio no dia 28 de fevereiro. Segundo o jornal, ele se jogou do terraço do restaurante do Hotel Hilton, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

XP comunicou e alertou

A XP também realizou uma ação para comunicar todos dos agentes autônomos credenciados pela empresa, classificando a fraude como um caso isolado.

A empresa também fez questão de ressaltar que nenhuma transação foi realizada dentro do ambiente da XP e alertou os cuidados no envio de recursos, que devem se feitos sempre em contas da corretora e nunca em contas jurídicas que não sejam autorizadas a atuar na intermediação de investimentos.

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Em nota ao site, a XP Investimentos se pronunciou.

“A empresa esclarece que não tem qualquer vínculo com o ocorrido. O evento foi totalmente isolado e ocasionado por um indivíduo que atuava como assessor de investimento, mas que também realizava atividades paralelas irregulares, por meio de pessoa jurídica própria, fora do sistema financeiro, e que levou investidores a comprar operações particulares. No caso em questão, nenhuma transação ou transferência foi realizada dentro da plataforma da XP Investimentos”.

A empresa também ressaltou que “nunca houve qualquer caso semelhante na história da companhia” e que ela age com grande cuidado antes de credenciar autônomos, como checagem de antecedentes criminais e entrevistas pessoais, por exemplo.

O que disse a BankRio

A BankRio também se manifestou. A empresa disse que ficou ciente há alguns sobre as atividades irregulares de Albuquerque.

“Nenhuma operação foi realizada dentro da BankRio e tampouco dentro da plataforma da XP. A BankRio sente muito pelo ocorrido e reforça que não compactua com qualquer prática que descumpra as normas vigentes, estando em conformidade em todas as suas operações”, falou, também em nota ao site.

A CVM informou não comentar casos específicos em andamento e que é responsável somente na esfera administrativa e não na criminal.

Segundo caso no RJ este ano

Esse pode ser o segundo caso envolvendo assessorias de investimentos em pouco tempo no Rio de janeiro.

No mês passado, o proprietário do grupo de investimentos JJ Invest, Jonas Spritzer Amar Jaimovick, desapareceu e deixou um prejuízo de R$ 1,5 milhão nas contas de investidores.

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A empresa, que chegou a patrocinar o time carioca Vasco da Gama, era suspeita de atuar em esquema de pirâmide financeira.

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