Reputação e credibilidade no palco da CPI das pirâmides com criptomoedas | Opinião

CPI proposta pelo deputado Aureo Ribeiro convocou diversos nomes do mercado brasileiro de criptomoedas
Entrevista da mídia com empresário

Foto: Shutterstock

A Câmara dos Deputados instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar investigar esquemas de pirâmides financeiras com uso de criptomoedas. Muitas empresas de reputação e produtos duvidosos, que ajudaram a colocar o mercado Blockchain nas seções policiais dos veículos de imprensa, foram convocados para depor e prestar esclarecimentos sobre fraudes, notícias falsas e prejuízos aos usuários. Entre as convocações previstas e comemoradas, destaca-se a do craque Ronaldinho Gaúcho, um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, por conta de suposta atuação irregular na empresa “18k Ronaldinho”. 

Mas, para surpresa praticamente geral do mercado, dezenas de agentes e empresas de renome foram citadas em novos requerimentos aprovados nesta primeira semana de Julho. Plataformas de tokens, NFTs, fundos, bancos, jornalistas e até influenciadores foram citados. São membros que estariam totalmente “fora do radar” do saudoso Grupo Antiponzi (GAP), que ajudava a identificar os fraudadores nos primórdios da comunidade brasileira. São negócios e pessoas que gozam de boa reputação e relacionamento, mas que também foram chamadas para falar na CPI, causando espanto e apreensão. 

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De acordo com fala do deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), publicada na agência Câmara, no dia 13 de junho, está tudo bem. O Legislativo não quer criar um ambiente hostil para o mercado cripto ou inibir inovação.

O direito ao silêncio é uma prerrogativa. Mas, se estamos trabalhando na construção de um mercado consistente e promissor, debates com os órgãos legisladores não podem ser vistos como negativos ou arriscados, pelo contrário. É uma chance de Bitcoin (ou de ouro, como diriam os mais antigos) de reafirmar a reputação do negócio. Ou, também, de construir relacionamento com novos stakeholders. 

Para isso, é necessário um discurso objetivo, coerente e alinhado às estratégias do negócio. Reputação não se constrói da noite para o dia, mas algumas dicas são importantes. É hora de avaliar se sua Comunicação está consistente: Não são só os deputados, a CPI conta com grande exposição na imprensa, inclusive nos grandes veículos (os stakeholders que citamos acima). Mostrar coerência nas atitudes e discurso de longo prazo ajudará a reforçar sua autoridade e isso gera negócios. Para quem ainda não investe em comunicação, pode ser a hora para começar. Os holofotes estão direcionados e é a chance real de transformar desafios em oportunidades.

Porém, é importante ter cuidado com as palavras e o tom da sua comunicação para evitar más interpretações e conseguir fazer desse “palco” que é a CPI uma oportunidade para o seu negócio e para o mercado como um todo demonstrar que é sério e sólido. 

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Ter a assessoria de um profissional de comunicação pode ser fundamental neste momento para cada profissional se preparar e conseguir se expressar de forma assertiva para contribuir com a construção da imagem positiva da criptoeconomia. 

Algumas dicas para ter orientação com sua equipe de comunicação e/ou agência: 

– Avalie o motivo do convite/convocação: qual a intenção da comissão falar contigo? – Levante todo seu histórico no mercado, seus pontos fortes e fracos de tudo que fez e da repercussão dessas ações. 

– Você sabe falar com clareza de cada ponto dessa história de forma a contribuir para o fortalecimento da sua reputação como agente desse mercado? 

– Elabore perguntas e respostas para conseguir ter mais clareza do que e como você deve falar para que o saldo desse momento seja positivo. 

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Esse é um dos momentos em que a forma de se comunicar faz toda diferença para fortalecer a criptoeconomia. Desejamos sucesso a todos os envolvidos que constroem o mercado cripto com idoneidade e seriedade todos os dias. 

Sobre a autora

Raquel Vaz é CEO da agência Esenca. Tem mais de 25 anos de experiência em comunicação. Atua no mercado brasileiro de criptomoedas desde 2017.