Imagem da matéria: Representante de corretora que dono faleceu tenta chegar a acordo para pagar clientes
Gerald Cotten, o fundador da QuadrigaCX (Foto: Facebook/QuadrigaCX)

Em dezembro de 2018, o fundador da QuadrigaCX, Gerald Cotten, faleceu. Quase dois anos depois, os usuários de sua bolsa de criptomoedas ainda estão tentando obter seu dinheiro de volta – ou o que sobrou dele.

A empresa de contabilidade EY (Ernst & Young) uma das Big Four da área, é a representante no processo de falência em andamento, e entrou com uma atualização no Tribunal Superior de Justiça de Ontário hoje. A atualização sugere lidar com todos os usuários afetados de maneira igualitária, e propõe duas formas para que as reclamações sejam pagas e pede ao tribunal que processe as reclamações que possuem pequenos erros.

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Quando a bolsa canadense finalmente foi fechada, havia 76.000 usuários a quem ela devia dinheiro. Mas os fundos dos clientes teriam sido usados ​​por Cotten para alimentar um esquema de Ponzi – com ele no topo da pirâmide.

Lentamente, a EY ajudou a recuperar alguns desses fundos, inclusive fazendo acordos com a viúva de Cotten, vendendo imóveis e indo atrás de fundos com um processador de pagamentos terceirizado usado pela QuadrigaCX.

Até agora, a EY recebeu 17.053 reclamações de usuários que tinham fundos na bolsa – ou, melhor, pensaram que tinham fundos nas carteiras fraudulentas da exchange. Os fundos foram canalizados para uma conta controlada por Cotten para que ele pudesse fazer coisas como viajar para a Índia.

Muitos usuários mantinham várias moedas fiduciárias e digitais na bolsa. Portanto, cada reclamação do usuário é subdividida, chegando em 42.957 reclamações para moedas individuais.

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Os usuários solicitam receber CA$ 90.184.260 e US$ 6.016.960, além de valores em criptomoedas nos seguintes valores:

  • 24.427 Bitcoin
  • 7.723 Bitcoin Cash
  • 17.934 Bitcoin Gold
  • 7.098 Bitcoin SV
  • 65.457 Ethereum
  • 87.031 Litecoin

Mas essas criptomoedas não estão guardadas em uma carteira – o relatório observa: “O sr. Cotten passou a negociar esses saldos com os usuários afetados que haviam depositado ativos reais, por isso, os ativos da Quadriga provavelmente nunca corresponderam aos passivos devidos aos usuários afetados.”

Então, com base em qual cotação os usuários devem ser compensados?

A EY diz que converterá todos os ativos recuperados em dólares canadenses e usará a conversão de criptomoeda de 15 de abril de 2019, quando a Quadriga declarou falência, ou de 5 de fevereiro de 2019, quando os usuários foram bloqueados pela primeira vez na plataforma.

Isso terá um impacto no valor total pago, custando pelo menos CA$ 224,3 milhões (US$ 171,5 milhões).

A EY está pedindo ao tribunal para decidir a data a ser usada.

Além disso, o relatório observa que alguns formulários de reivindicação continham pequenos erros, incluindo nenhuma assinatura ou testemunha, e números de conta errados. Como cerca de um terço dos formulários apresenta algum defeito, a EY acha que vai ser mais custoso acompanhar e consertar os problemas, do que apenas aceitá-los e continuar com os possíveis reembolsos.

A EY está pedindo que todas as reivindicações dos usuários tenham as mesmas condições, já que determinar quem teria prioridade para distribuição “indo de reivindicação em reivindicação seria ineficiente, caro e um dreno significativo de ativos imobiliários disponíveis para distribuição”.

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E isso considerando que já está difícil de encontrar os fundos para distribuição. O relatório aponta um saldo atual de apenas CA$ 39,1 milhões (US$ 29,8 milhões).

*Traduzido e editado com autorização da Decrypt.co
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