Reguladores dos EUA obrigam ex-executivo da Coinbase a devolver lucros obtidos com insider trading

A SEC determinou que o ex-gerente de produtos da corretora e seu irmão devolvam os ganhos obtidos por meio de insider trading
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Foto: Shutterstock

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) fechou um acordo com ex-gerente de produto da Coinbase, Ishan Wahi, e seu irmão, Nikhil Wahi, acusados de usarem informações privilegiadas da corretora para lucrar com o trade de criptomoedas antes que elas fosse listadas.

A prática ilegal fez com que a dupla fosse presa no ano passado sob a acusação de conspiração de fraude eletrônica e insider trading. No dia da prisão, a SEC apresentou acusações contra os irmãos, revelando conhecimento de que ambos negociaram pelo menos nove criptomoedas que seriam listados na Coinbase, antes que o anúncio fosse feito aos restantes dos investidores.

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Na terça-feira (30), a SEC disse em anúncio oficial que os dois concordaram em devolver seus ganhos obtidos através da prática criminosa, bem como pagar juros sobre os valores. Uma vez que os irmãos já foram presos e são julgados em processo paralelo do Departamento de Justiça dos EUA, a SEC determinou que vai não buscar penalidades civis à luz das sentenças de prisão da dupla.

Quando se declararam culpados, ambos os irmãos tiveram setenças de prisão declaradas. O ex-gerente de produto da Coinbase, Ishan Wahi, sofreu sentença de 2 anos e seu irmão, Nikhil Wahi, de 10 meses. 

Relembre o caso

Em julho de 2022, as autoridades americanas prenderam o ex-gerente de produtos da Coinbase e dois outros indivíduos que operavam dentro da corretora um esquema de insider trading que lhes rendeu um lucro de mais de US$ 1,1 milhão.

Ishan Wahi, enquanto funcionário da Coinbase, forneceu informações relacionadas a futuras listagens de tokens na Coinbase a seu irmão, Nikhil Wahi, e a seu amigo, Sameer Ramani.  

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Ramani e o irmão de Wahi usavam essas informações para comprar as moedas antes de a Coinbase anunciar suas listagens e, na sequência, vendê-las rapidamente para gerar lucro.

“As acusações são um lembrete de que a Web3 não é uma zona livre da lei. No mês passado, anunciei o primeiro caso de uso indevido de informações confidenciais envolvendo NFTs e, hoje, anuncio o primeiro caso de uso indevido de informações confidenciais envolvendo mercados de criptomoedas”, afirmou o promotor Damian Williams no comunicado da época.