CEO da corretora de criptomoedas Coinbase, Brian Armstrong, participa de palestra
Brian Armstrong, CEO da Coinbase. (Foto: Getty Images)

O CEO da Coinbase Brian Armstrong mais uma vez instou os reguladores americanos a deixarem clara sua posição sobre criptomoedas e a revisarem as políticas atuais. Segundo ele, caso não o façam, a inovação pode ocorrer em outros lugares.

“É importante para a liderança tecnológica americana e para a segurança nacional que essa indústria seja construída (pelo menos em parte) nos Estados Unidos”, afirmou Armstrong, compartilhando um artigo de opinião recente que detalha ainda mais sua posição.

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Para Armstrong, a falta de regulamentação das criptomoedas e regras hostis dos EUA podem permitir que outros países, especialmente a China, assumam a liderança. Para ele, não é surpresa que Hong Kong esteja se posicionando como um novo hub cripto.

“A China tem como objetivo desafiar diretamente o dólar americano e seu papel no comércio global”, disse Armstrong. Ele acrescentou que construir uma parte da indústria na América é uma questão de segurança nacional.

Diretor da Coinbase destaca Brasil entre proeminentes

O diretor da Coinbase também especificou sete outras potências financeiras globais que “disputam para se tornar centros de criptomoedas”: Reino Unido, Emirados Árabes Unidos, Brasil, Japão, União Europeia, Austrália e Singapura,

A exchange de criptomoedas tem enfrentado há muito tempo uma batalha com a Securities and Exchange Commission (SEC) depois que o órgão emitiu uma notificação Wells à Coinbase no início deste ano.

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De acordo com relatos na época, esperava-se que a SEC tomasse medidas contra a empresa devido aos seus serviços de staking. A Kraken, outra exchange de criptomoedas sediada nos EUA, também foi multada em US$ 30 milhões pelo tipo de serviço, o que levou a exchange a encerrar a oferta para seus clientes americanos.

Outras empresas de criptomoedas têm expressado preocupações semelhantes, incluindo o CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, que recentemente afirmou que as regulamentações “confusas” nos EUA levarão a indústria para o exterior.

Assim como Garlinghouse, Armstrong também destacou a necessidade de clareza regulatória nos Estados Unidos.

Ele acrescentou que a Coinbase tem solicitado regularmente aos formuladores de políticas e reguladores a “clareza regulatória necessária para garantir a proteção do consumidor e realizar a promessa das criptomoedas“.

Regulamentações de criptomoedas no exterior

Enquanto os EUA continuam a elaborar seu conjunto de regras, as regulamentações de criptomoedas já estão sendo implementadas no exterior.

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A Europa, por exemplo, acaba de lançar seu mais recente conjunto de regras para criptomoedas chamado Mercados em Ativos de Criptografia (MiCA, na sigla em inglês). Embora esteja longe de ser abrangente, já recebeu aprovação por fornecer diretrizes claras para empresas de criptomoedas.

A comissária da SEC, Hester Peirce, disse que o MiCA poderia até mesmo servir como um “modelo” para regulamentações nos Estados Unidos.

Em Hong Kong, as autoridades também devem permitir o investimento de varejo a partir de 1º de junho, e alguns especialistas sugerem que “Pequim quer usar o território como um campo de testes” para uma reabertura mais ampla na China continental.

*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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