Imagem da matéria: Rede social Damus, apoiada por Jack Dorsey, é banida pela China
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Foi uma “longa” estadia: pouco menos de 48 horas.

Foi esse o tempo que o governo chinês permitiu que a Damus, uma alternativa descentralizada e nativa do Twitter, apoiada por Jack Dorsey, vivesse no App Store da Apple no país.

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Na sexta-feira, a Damus anunciou que a Administração do Ciberespaço da China (CAC) havia exigido a remoção do aplicativo, devido à suposta violação das leis nacionais de liberdade de expressão. A Apple imediatamente atendeu ao pedido.

A Damus é apenas um dos vários projetos atualmente sendo construídos sobre o Nostr, um protocolo descentralizado de mídia social financiado por Dorsey. No ano passado, o cofundador do Twitter doou 14 BTC (cerca de US$ 327 mil neste sábado) para financiar o desenvolvimento da Nostr. O aplicativo também integra a Bitcoin Lightning Network, voltada para pagamentos.

Nostr é um protocolo de código aberto baseado em pares de chaves criptográficas que visa se tornar a base de uma rede social global, descentralizada e resistente à censura.

Qualquer pessoa pode criar um aplicativo em cima do Nostr; nesses aplicativos, os usuários não podem ser banidos e as postagens não podem ser censuradas, pois os clientes são executados por todos os usuários.

Os desenvolvedores da Nostr criaram um análogo do Twitter compatível com a Apple, Damus, como uma prova de conceito do potencial da Nostr. Outros projetos construídos sobre o protocolo incluem o substituto do Telegram, o Anigma, e o aplicativo de xadrez Jester.

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A Damus tinha acabado de ser lançado globalmente na terça-feira e obtido a aprovação da Apple para ser listado na App Store.

Embora a Apple, a pedido dos governos nacionais, possa proibir aplicativos criados no Nostr, como o Damus, nenhuma entidade pode censurar o próprio Nostr. Esse ponto de venda é a principal razão pela qual os defensores da liberdade de expressão, como Dorsey, têm apoiado tão abertamente o protocolo.

Dorsey há muito defende a proliferação de plataformas de mídia social resistentes à censura. Enquanto atuava como CEO do Twitter em 2019, Dorsey financiou uma pequena equipe encarregada de criar um protocolo de mídia social descentralizado.

Em setembro, os registros do tribunal revelaram que Dorsey implorou ao bilionário Elon Musk, durante a aquisição do Twitter por Musk, para fazer a transição do aplicativo para um “protocolo de código aberto, financiado por uma fundação”.

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Musk ainda não deu ouvidos a esse conselho. No final de janeiro, o segundo homem mais rico do mundo gerou polêmica ao censurar um documentário da BBC que criticava o primeiro-ministro indiano Narendra Modi a pedido do governo indiano, segundo reportagem do The Intercept.

Os defensores da liberdade de expressão criticaram a decisão de proibir o filme, que questiona o papel de Modi em um massacre anti-muçulmano de 2002 na região de Gujarat.

“Elon Musk realmente não deveria estar lutando contra a Nostr, já que é praticamente a única coisa que pode salvar seus negócios”, twittou o autor da denúncia e defensor da privacidade Edward Snowden na época. “O destino do antigo modelo de plataforma social na próxima década é claro.”

*Traduzido pelo Portal do Bitcoin com autorização do Decrypt.

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