Receita Federal de Hong Kong desmonta operação que lavou US$ 150 milhões com tether (USDT)

Acusados recebiam entre 3% e 5% de comissão pelo ‘trabalho’
Imagem da matéria: Receita Federal de Hong Kong desmonta operação que lavou US$ 150 milhões com tether (USDT)

Policial de Hong Kong (Foto: Shutterstock)

A Receita Federal de Hong Kong desmantelou uma organização criminosa que lavou cerca de US$ 150 milhões através do mercado de criptomoedas. Segundo as autoridades, a maior parte do dinheiro ilícito  — em dólar de Hong Kong — era trocado em exchanges pela Tether (USDT) e distribuída para dezenas de wallets a partir de Cingapura, revelou o South China Morning Post nesta quinta-feira (15).

A operação, batizada de ‘Coin Breaker’, ocorreu no último dia 8 nos bairros de Mong Kok, Tuen Mun e Wong Chuk Hang. O mentor da quadrilha foi preso em Tin Shui Wai. A polícia alfandegária de Hong Kong teve ajuda determinante de autoridades de Cingapura.

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Mark Woo Wai-kwan, chefe do departamento da Alfândega de Hong Kong, a nova modalidade de lavagem até então não era conhecida pelas autoridades da região autônoma chinesa. Ele afirmou que o crime vinha ocorrendo há cerca de 15 meses.

“É a primeira vez em Hong Kong que uma rede de lavagem usa criptomoedas para ocultar o dinheiro sujo”, disse Wai-kwan, segundo o jornal. Ele acrescentou que o modus operandi tornou a detecção das transferências mais difícil.

Pelo menos 40 endereços de carteiras USDT fazem parte das investigações.

Ainda assim, prosseguiu o oficial, cerca de US$ 2,5 milhões, provavelmente oriundo de receitas ilícitas, foram congelados em contas administradas pelo suposto mentor da quadrilha. Segundo as investigações, ele usava empresas laranjas para controlar e transacionar os fundos.

Presos em Hong Kong

Todos os acusados, que têm entre 24 e 36 anos — e recebiam entre 3% e 5% de comissão pelo ‘trabalho’ — foram libertados sob fiança, mas ficarão sob observação. A polícia também acredita que eles podem podem ser laranjas no negócio. 

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A organização criminosa também lavou cerca de US$ 45 milhões de maneira convencional, dizem os investigadores do caso. A quantia foi distribuída para mais de 100 contas bancárias que incluíam contas comerciais de outras 18 empresas de fachada em Hong Kong.