Martelo de justiça de madeira em frente à bandeira dos Estados Unidos
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Um juiz que lidou com processos contra o príncipe britânico Andrew e o ex-presidente americano Donald Trump agora irá supervisionar o julgamento criminal federal de Sam Bankman-Fried, criador da falida corretora criptomoedas FTX.

O juiz Lewis Kaplan substituiu seu colega Ronnie Abrams na segunda-feira (26), depois que Abrams se recusou a prosseguir com o caso devido a um potencial conflito de interesses – o marido dela trabalhou como advogado para a corretora em um processo anterior.

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O juiz Kaplan supervisionou uma série de julgamentos de alto nível, incluindo um processo o príncipe Andrew, duque de York, o segundo filho da rainha Elizabeth II, por uma suposta agressão sexual. O caso foi resolvido em fevereiro.

Ele também está atualmente supervisionando um processo movido pela ex-jornalista E. Jean Carroll, que acusa Donald Trump de difamação quando ele negou que a estuprou na década de 1990. Presidiu ainda uma ação civil contra o ator Kevin Spacey por um suposto “indesejado avanço sexual”.

O juiz de 78 anos é descrito pela mídia dos EUA como tendo um estilo “sério” e é conhecido por decisões rápidas. Ele também não é estranho ao mundo da criptografia: ele supervisionou o primeiro processo federal de fraude em títulos de Bitcoin.

O juiz americano Lewis Kaplan (Divulgação Justiça dos EUA)

Acusações contra o líder da FTX

Bankman-Fried, conhecido como SBF na comunidade cripto, está enfrentando oito acusações criminais, incluindo fraude eletrônica e conspiração para cometer lavagem de dinheiro.

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Bankman-Fried foi libertado na semana passada sob fiança pré-julgamento de $ 250 milhões, depois de ser extraditado para os EUA das Bahamas, onde a FTX está sediada.

Bankman-Fried se tornou uma das pessoas mais ricas do mundo com seu império na FTX. Mas a empresa implodiu no mês passado – de longe a queda mais dramática da história da indústria de criptomoedas – levando consigo a maior parte do mercado.

Alega-se que Bankman-Fried cometeu fraude usando fundos de investidores da exchenge para fazer apostas arriscadas por meio da subsidiária Alameda Research, que ele também fundou.

A Unidade de Fraudes Complexas e Crimes Cibernéticos do Ministério Público do Distrito Sul de Nova York está cuidando do caso.

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O novo CEO da FTX, John J Ray III, que lidou com o processo de falência da Enron, disse que, mesmo com sua vasta experiência, a confusão da FTX foi chocante – alegando que “um grupo muito pequeno de indivíduos grosseiramente inexperientes e pouco sofisticados” levou ao seu colapso.

*Traduzido com autorização do Decrypt

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