Imagem da matéria: Queda de preço do bitcoin desanima empresas na compra de novos equipamentos de mineração
(Foto: Shutterstock)

As recentes quedas no preço do bitcoin jogaram um balde de água fria nas empresas de mineração. Isso porque nos últimos seis meses elas gastaram mais de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões) para se atualizarem no setor. No entanto, agora paira um momento de incerteza sobre a rentabilidade e compra de novos equipamentos.

Segundo reportagem do portal Coindesk, grandes empresas de mineração de bitcoin disseram que desde setembro do ano passado estavam ansiosas para adquirir mais equipamentos. O objetivo era aumentar a produção por conta da chegada do halving, previsto para maio.

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De acordo com dados do pool de mineração PoolIn, mesmo com os equipamentos mais eficientes do mercado, a atividade de mineração está garantindo menos de 50% de lucro depois da queda no preço do bitcoin.

Se após o halving o preço não subir, o período de retorno do investimento deve ir muito além do esperado, diz o Coindesk.

O CEO da mineradora chinesa Hashage, Zheng Xun, já afirmou que não vai mais investir em novos equipamentos enquanto durar o momento.

“Já temos uma produção em grande escala e, portanto, provavelmente não compraremos mais por enquanto. Estamos mantendo o fluxo de caixa para ver como o mercado se sai depois do halving”, disse Xun ao site.

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Dito isso, segundo o Coindesk, resta ver como o poder geral de computação do bitcoin reagirá à queda de preço do bitcoin nas próximas semanas. O esperado é que os equipamentos de mineração mais antigos sejam desativados.

Poder de mineração pode cair

Na sexta-feira (13), Chris Zhu, cofundador do PoolIn, disse que a expectativa antes da queda era de um aumento na taxa de hash. Agora ele acredita que o poder da computação diminua de 20% a 30% nos próximos meses.

Vale lembrar que de setembro para cá o poder o poder de hash na rede bitcoin aumentou 30%, saltando de cerca de 90 EH/s (exahashes por segundo) para mais recentemente cerca de 120 EH/s, comentou a reportagem.

Artem Eremin, gerente da 3logic, que revende máquinas de mineração, disse que seus clientes na Rússia e Ásia Central começaram em outubro a trocar modelos do tipo ASICS pela AntMiner S17. O ritmo, no entanto, tem sido bem menor. A empresa vende cerca de 2.500 unidades mensais, metade do patamar esperado.

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O mesmo aconteceu com a Bitriver, segundo Igor Runets, CEO da mineradora com base na Rússia. Ele disse que o impacto foi devido ao surto de coronavírus.

A Martixport, por exemplo, que é departamento financeiro da Bitmain, já emprestou cerca de US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 500 milhões) para os mineradores de sua rede pagarem contas de eletricidade.

Isso porque, segundo Cynthia Wu, vice-presidente da instituição, os mineradores chineses têm uma mentalidade muito típica, que é não gastar muito do que é minerado.

Mineração com equipamentos antigos

As AntMiners S9s, inclusive, estão correndo sérios risco de serem desativadas. Elas dominam a atividade de mineração desde 2017.

No entanto, a faixa de equilíbrio para esses equipamentos era com o preço do bitcoin a pelo menos US$ 8 mil; a US$ 5 mil o negócio pode ficar insustentável. Na Bitriver, por exemplo, 25% das máquinas são S9s.

“Todo mundo está tentando se livrar das S9s”, disse Dmitry Ozersky, da Eletro.Farm, baseada no Cazaquistão. No entanto, ele acredita que os S9s ainda estão longe de terminar. Segundo ele, o ponto principal é que tudo se resuma à estratégia do minerador. 

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Para Runets, da Bitriver, uma saída seria oferecer descontos temporários aos clientes, pois não deseja ver parte de sua fazenda ser desativada abruptamente.


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