Imagem da matéria: Professores flagram diretor minerando ethereum em escola na China
(Foto: Shutterstock)

Professores de uma escola de ensino médio em Chenzhou, na Província de Hunan, na China, flagraram diretor e vice-diretor em atividade de mineração de ethereum dentro do ambiente escolar, reportou o site local HK01.

Havia um tempo em que os profissionais de educação vinham relatando à direção da escola que a rede de computação andava muito lenta e que isso estaria atrapalhando no desenvolvimento de planos de aula, prejudicando o trabalho pedagógico.

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Procurados por alunos, os professores souberam que eles estavam incomodados com o barulho das máquinas, o que fez com que eles começassem uma investigação dentro do colégio, diz o site.

Após uma extensa ronda, eles descobriram, então, um conjunto de equipamentos próprio para mineração de criptomoedas e que estava em pleno funcionamento.

Ao serem questionados pela administração escolar sobre um aumento considerável de energia elétrica (14.000 yuans, cerca de R$ 7.500 em contas extras), os dirigentes disseram que o motivo era o “uso excessivo de aparelhos de ar condicionado e das churrasqueiras elétricas da escola”.

No entanto, a verdade finalmente veio à tona. Os gastos a mais com energia eram realmente da atividade conjunta de mineração dos responsáveis pela escola que acontecia há meses, relatou o site.

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Diretor foi demitido

O diretor Lei Hua explicou à comissão local de inspeção disciplinar que havia gastos  ¥ 10 mil (yuan), cerca de R$ 5.500 em um equipamento de mineração e o instalou em sua residência.

Ao perceber que houve um aumento considerável no consumo de energia elétrica, o diretor levou a mineradora para seu dormitório no colégio, que, observando os lucros obtidos em ethereum, resolveu comprar mais máquinas.

Ele disse que gastou mais ¥ 40 mil (R$ 21.600, aproximadamente) em outros sete equipamentos, mas eles não couberam no dormitório. Foi quando o diretor chamou seu cúmplice e eles montaram a mineradora dentro do centro de informática.

Hua, segundo a reportagem, recebeu punição máxima da autoridade da Educação e foi demitido do cargo, além de ter que devolver à Comissão disciplinar o dinheiro ilícito, enquanto o vice-diretor, Wang Zhipeng, se manteve no colégio após duras advertências.

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Outros casos

Hua e Zhipeng não são os únicos a usar ilegalmente energia elétrica em ambiente de trabalho.

No início do ano, dois funcionários da Agência de Meteorologia australiana (BOM) foram investigados por suspeita de mineração de criptomoedas. Um deles pediu licença após ser descoberto.

Durante a interrogação da dupla, a outra parte da equipe de trabalho do turno ficou em uma sala separada a pedido dos investigadores. Questionados sobre o fato das pessoas de confiança de um departamento do governo terem tal atitude, os funcionários da agência não quiseram comentar.

Após o cumprimento da tarefa, a Polícia Federal se recusou a dar mais explicações. O caso, então, prosseguiu sem maiores detalhes.

Um funcionário do Fed (EUA) também já foi pego minerando bitcoin, segundo a CCN, entre 2012 e 2014 em servidores do governo. Ele pagou uma multa de US$ 5 mil e pegou 12 meses de liberdade condicional.

Nicholas Berthaume, que ocupava o cargo de Analista de Comunicação na instituição, havia instalado um software não autorizado no servidor de trabalho e começou a minerar bitcoin.

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