De acordo com Eduardo Gomes, líder do governo no Congresso, a desestatização da Eletrobras (ELET3) será uma das prioridades do Congresso em 2021. E, portanto, defendeu uma perspectiva concreta em relação a votação.
“Esse assunto entrará obrigatoriamente na pauta do primeiro semestre, sem dúvida”, afirmou Eduardo Gomes em evento promovido pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
Além disso, Eduardo disse que o otimismo vem junto com diversos outros projetos avançando no Congresso. Tais projetos, do interesse do mercado na infraestrutura do Brasil.
De acordo com ele, certamente a desestatização da Eletrobras começará a ser debatida a partir de fevereiro. Entretanto, afirmou que o Congresso necessita criar um ambiente de conteúdo político, e não ideológico.
“O projeto tem de ser visto como investimentos no setor elétrico”, disse o líder do governo no congresso, relembrando a crise energética vivida pelo Amapá.
Não é de hoje a conversa sobre a privatização da Eletrobras. A estatal já estava na lista de empresas visadas pelo ministro da economia Paulo Guedes. De acordo com Martha Seillier, secretária do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), a companhia é vista como prioridade. E afirmou: “não abriremos mão do objetivo para a Eletrobras”.
Paulo Guedes havia dito que em seus planos para 2020 constavam a privatização, entre outras estatais, da Eletrobras. Em dois anos de governos, nenhuma foi feita.
Os números da Eletrobras
No terceiro trimestre desse ano, o EBITDA da companhia diminuiu, totalizando R$ 2,4 bilhões, com queda de -10,1%. Dessa forma, sua margem EBITDA ficou em 33,4%, ante os 37,9% do terceiro trimestre de 2019.
Além disso, a estatal registrou um lucro líquido de R$ 85 milhões, caindo -86,6% na comparação anual. Assim sendo, sua margem líquida ficou em 1.166,1% crescendo 1.156,2 pontos percentuais.
A Eletrobras (ELET3) também conseguiu diminuir sua alavancagem financeira – quociente da divisão da dívida líquida recorrente pelo EBITDA – saindo de 2,1x para 1,9x. Assim sendo, a dívida líquida recorrente da Eletrobras subiu 16%, totalizando R$ 23,15 bilhões.