O empresário Leandro Blumer, responsável pelo site de apostas Rondo Esportes e um dos presos durante a ‘Operação Carga Prensada’, deflagrada em setembro pela Polícia Federal, também oferecia investimentos em criptomoedas. Blumer e mais dois suspeitos eram investigados há cerca de dois anos por indícios de lavagem de dinheiro para o tráfico de drogas em Rondônia e outros estados brasileiros.
Em sua página homônima, que dá acesso à Rondo Esportes e outros negócios, Blumer é descrito como “referência na área de investimentos e de operações esportivas”.
Nas redes sociais, juntamente com os outros presos, Dionis Maicon Pena e Adriano Prestes da Silva, Blumer ostentava uma vida de luxo mostrando bolos de dinheiro, segundo ele, fruto de apostas em partidas de futebol, como mostrou uma reportagem do Domingo Espetacular, da Record, no último domingo (31).
Nas imagens da Record, Pena mostra um bracelete de ouro que diz ter pago R$ 130 mil. Ele e Prestes também aparecem em um vídeo ostentando um carro de luxo; em outro vídeo, Pena mostra uma casa grande com piscina.
Contudo, segundo as investigações, pelo menos R$ 1,1 milhão ganho pelo grupo veio da lavagem de dinheiro através da Rondo Esportes. “Os vencedores eram membros da organização criminosa e o dinheiro ganho não vinha de apostas, mas sim da atividade do crime”, disse à reportagem Agostinho Gomes Júnior, superintendente da PF.
De acordo com a promotora Luciana Nicolau de Almeida, alguns dos membros não se preocupavam em ostentar o alto padrão de vida que levavam, “muito embora nem sempre tinha uma justificativa legal para tanto assim”.
Outra pessoa suspeita de dar suporte à organização é Natielly Karlailly Balbino, que conseguiu na justiça a reversão de prisão temporária para preventiva e posterior prisão domiciliar, segundo o G1.
Investimento em criptomoedas
A página onde o ‘conglomerado’ de Blumer diz oferecer investimento em criptomoedas se chama “World Family.net”. No entanto, não dá para saber se a plataforma foi retirada do ar ou até mesmo nunca foi ativada. No momento do texto, o servidor diz que o site está desativado.
Outro ponto é que não há detalhes de como a World Family negociava criptomoedas. A página apenas diz se tratar de “uma gestora de negócios” e “recursos no setor de investimentos”. “Por conta da grande popularidade, e a maior parte dos investimentos é ligada ao futebol e ao comércio de criptomoedas”, destaca a página.