Prazo para sacar de corretora chinesa de criptomoedas que vai fechar no Brasil termina hoje

Os clientes da Coinbene enfrentam dificuldades para sacar os fundos já que a página de login da plataforma não está funcionando corretamente
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Foto: Shutterstock

Hoje, 30 de novembro, é o último dia que os clientes da Coinbene podem sacar seus fundos da plataforma que deixa de operar no Brasil de forma definitiva a partir de 1º de dezembro.

A corretora chinesa decidiu encerrar as operações no país em outubro desde ano, após captar clientes brasileiros para a sua plataforma de negociação por cerca de quatro anos. 

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A decisão de fechar as portas no Brasil foi justificada por uma série de restrições operacionais que a empresa passou a sofrer com o aumento das proibições do governo chinês ao mercado cripto. Por ser uma exchange chinesa, as operações na plataforma global dependiam da central no país asiático.

Naquela ocasião, um funcionário da corretora adiantou ao Portal do Bitcoinque os problemas operacionais na Coinbene não se limitavam ao Brasil e que a empresa iria encerrar suas operações em breve no restante do mundo.

Posteriormente, a informação foi confirmada pelos canais oficiais da Coinbene quando a corretora anunciou o encerramento permanentemente de seus serviços em todas as jurisdições em que operava até então.

Ainda no anúncio de outubro focado no público brasileiro, a empresa havia estabelecido hoje, o último dia de novembro, como o prazo final para que todos os clientes sacassem o saldo que ainda estavam armazenados na plataforma.

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Embora novembro tenha um dia a menos, na época a equipe da Coinbene alertou os usuários: “Depois de 31 de novembro, não haverá pessoal de atendimento ao cliente para aceitar a solicitação de saque. Os usuários precisam arcar com as perdas patrimoniais causadas pelo não saque de dinheiro em tempo”.

O processo de retirada de fundos, no entanto, pode não estar sendo tão simples já que o site da corretora está com problemas na área de login do usuário. 

Saque complicado 

No grupo oficial da Coinbene no Telegram, focado nos clientes latino-americanos, o suporte da empresa confirmou que o problema no momento do login: “Devido à manutenção do servidor global da CoinBene, a página www.coinbene.com/br/ está apresentando um problema que está impossibilitando o login. Lamentamos muito por isso”. 

Para conseguir entrar na plataforma, os usuários são obrigados a preencher um formulário com suas informações pessoais como CPF, endereço e data de nascimento e mandar uma foto de sua carteira de identidade ou CNH. Além disso, os usuários também devem enviar um selfie segurando seu documento oficial junto com um papel escrito “CoinBene” e a data da solicitação.

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Só após cumprir todas essas etapas, o usuário podem ter acesso a um serviço de atendimento ao cliente dedicado a dar procedência aos saques.

Desde que a exchange confirmou a saída do Brasil, pelo menos 15 usuários já se queixaram no Reclame Aqui sobre a dificuldade de sacar os fundos da plataforma nessa etapa final.

Um cliente de São Paulo, por exemplo, escreveu no último sábado (27) que estava desde o final de outubro tentando tirar o saldo em bitcoin que deixou parado na Coinbebe por três anos, mas sem sucesso. 

“Segui as orientações, enviando os documentos e selfie necessárias para conseguir fazer saque em 30/11, porém conforme relatado mais de uma vez para vocês (30/10, 06/11, 09/11), por mais que authenticator, pin e código de e-mail estejam corretos, não consigo fazer a transferência e minhas dúvidas não são respondidas”.

Ele relata que tentou o suporte internacional da corretora, mas também não teve retorno. “Vou reivindicar meus direitos por outras vias já que não estou tendo suporte que preciso por parte da empresa”, finalizou.

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Outro usuário de Barueri (SP) alegou o mesmo problema, dizendo que está com mais de R$ 10 mil em criptomoedas preso na plataforma e que mesmo depois de enviar mais de 50 solicitações de saque, não foi atendido.

A reportagem entrou em contato com representantes da Coinbene no Brasil mas até o fechamento desta reportagem, não obteve resposta.