A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou nesta quinta-feira (2) uma ação contra os mesmos acusados de operar uma pirâmide financeira via Kriptacoin, um esquema de moeda falsa que teve início em 2016 e posteriormente lesou milhares de investidores.
Segundo informações da PCDF, a ‘Operação Fênix’ cumpriu seis mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Santa Catarina. Nesta operação específica, a suspeita é de lavagem de dinheiro.
Durante a ação policial para desarticular o grupo criminoso investigado por lavagem e organização criminosa, foram presos Welbert Richard Viana Marinho e Weverton Viana Marinho, os criadores da Kriptacoin. Os nomes dois presos foram apurados pelo portal Metrópoles.
As investigação da ‘Fênix’ apontam que os acusados, que tentavam vender cotas de um hotel de luxo no litoral de Santa Catarina, realizavam transferências de valores entre si para ocultar a movimentação e a propriedade de bens de origem ilegal, conforme explicou o delegado Wisllei Salomão na nota da polícia.
“Os suspeitos dissimularam valores de origem ilícita por meio de pelo menos cinco empresas em nome de familiares e de terceiros”, diz a PCDF. “Os proprietários reais do dinheiro e das empresas se tratam de dois dos suspeitos, os quais não aparecem como responsáveis legais pelas pessoas jurídicas, que se tratam de construtora, holding, hotel e financeira, dentre outras”, comentou Salomão.
Condenados por crime de pirâmide
Três dos investigados foram já haviam condenados por crime de pirâmide financeira, organização criminosa e lavagem de dinheiro com desdobramento da Operação Patrick, realizada em 2017. Por trás do esquema Kriptacoin, estava uma empresa chamada ‘Wall Street Corporate’. Na época, várias pessoas registraram boletins de ocorrência contra Weverton como o líder do grupo.
Além de Welbert e Weverton, outro acusado, identificado por meio de decisões judiciais, é Fernando Ewerton Cesar da Silva, irmão de Weverton. No ano passado, Silva teve um habeas corpus negado pelo ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A pena de Silva é de 5 anos e 6 meses de prisão em regime fechado.
Welbert e Weverton também foram denunciados pelo Ministério Público do Distrito Federal em 2017 por tentativa de homicídio contra um gerente do Banco de Brasília.
Pirâmide financeira Kriptacoin
Estima-se que enquanto a pirâmide financeira com a Kriptacoin esteve ativa, cerca de 40 mil pessoas tenham comprado a falsa criptomoeda ofertada pelo grupo. O negócio teria rendido aproximadamente R$ 250 milhões aos golpistas.
As fraudes começaram no final de 2016. Os criminosos se passavam por executivos e prometiam altos rendimentos com o negócio, com ganho de 1% ao dia sobre a criptomoeda fraudulenta criada por eles. O resgate do saldo só poderia ser feito após um ano.
Para dar um ar de legalidade, os golpistas se reuniam, anunciavam em outdoors e difundiam propagandas, tanto na internet quanto na televisão, além de envolver imagens de artistas.
Os investidores eram persuadidos a chamar mais pessoas para a rede e desta forma eles recebiam 10% de bônus a cada pessoa registrada. Assim, o lucro crescia proporcionalmente à quantidade de aplicações, mas tudo não passava de um golpe.
Em setembro de 2019, a Justiça começou a agir para ressarcir os clientes, colocando-os à venda os carros de luxo que foram apreendidos no decorrer da ‘Operação Patrick’. Em boletins de ocorrência contra a empresa ‘Wall Street Corporate’. Weverton Viana Marinho também foi apontado como o líder do grupo na ocasião.
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