Polícia investiga brasileiro que aplica golpes com bitcoin e leva vida de magnata no Instagram

Imagem da matéria: Polícia investiga brasileiro que aplica golpes com bitcoin e leva vida de magnata no Instagram

Marlon Gonzalez Motta lançou um site com o próprio nome (Foto: Reprodução/Instagram)

A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando vários golpes financeiros aplicados por Marlon Gonzalez Motta, um ‘magnata’ de Brasília (DF) de 23 anos. Segundo reportagem do Metrópoles, o estelionatário que usa bitcoin e criptomoedas para atrair vítimas, viaja o mundo procurando jovens investidores.

De acordo com o site, Marlon pode ter feito mais de R$ 3 milhões com falsas promessas. Os golpes são aplicados em jovens da alta classe que ele geralmente aborda em festas e que estão começando a atuar no mercado financeiro.

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Ele já é conhecido da polícia de Taguatinga e responde a pelo menos cinco inquéritos. Dentre eles estão crimes comuns de fraude, estelionato e associação criminosa.

O golpista foi descoberto após um cúmplice ser pego com identidade falsa. Por meio da averiguação da polícia, foram encontrados com ele documentos que comprovam sua relação com a empresa M3 Private, de propriedade de Marlon.

Golpes no Brasil e na China

Marlon finge ser megainvestidor e tem persuadido vários operadores financeiros a pagarem fortunas em transações envolvendo criptomoedas. Ele usa as redes sociais para simular uma vida de sucesso, com lanchas, carros de luxo e viagens a locais paradisíacos.

Em sua conta no Instagram, diz ser da área de tecnologia, finanças, criptografia. Contudo, depois de aplicar cada golpe, ele desativa os perfis e viaja para países na Europa, Caribe e Ásia, diz a reportagem.

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Enganou empresa chinesa

Em abril, o alvo de Marlon foi uma empresa de Hong Kong, na China, chamada Dsundc Limited, que atua a pelo menos dois anos na compra e venda de criptomoedas. 

Com sua ‘lábia’ quando prometia altos rendimentos por meio de um software que analisa a bolsa de valores, Marlon deu-lhe um prejuízo de cerca de R$ 600 mil — ele abriu uma empresa local, de fachada, para simular legalidade no negócio.

E foi desta forma que a Dsundc caiu no golpe. Atraída pelos rendimentos oferecidos por Marlon, adiantou uma transferência de US$ 150 mil.

Depois disso, diz a reportagem, “Marlon enviou uma mensagem por WhatsApp dizendo que o dinheiro não havia entrado na conta dele. A partir daí, parou de atender as ligações e não repassou criptomoedas”.

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Golpes em amigos

O golpista foi reconhecido por credores brasileiros que acionaram a polícia em abril deste ano. Marlon tentou negociar valores decorrentes de outros golpes.

Segundo Metrópoles, ele chegou a assinar uma confissão de dívida e entregou as chaves de uma Mercedes avaliada em R$ 200 mil, jet ski e um cheque falso no valor de R$ 40 milhões.

Logo que foi desmascarado, ele deixou o Brasil e foi para a Suíça, de onde publicou uma série de imagens desfrutando de um lugar luxuoso.

Alexandre Dantas, sócio e supostamente vítima de Marlon, disse que começou a investigar o brasiliense por conta própria.

Ele revelou que chegou à conclusão após ter encontrado uma série de pessoas, inclusive amigas, e que lhe confiaram grandes quantias. A Promessa seria a de alta rentabilidade.

“Além do nosso prejuízo, entramos em contato com várias pessoas no DF que perderam R$ 50 mil, R$ 100 mil e R$ 150 mil. O Marlon usava a proximidade com elas para convencê-las a investir”, disse Dantas ao Metrópoles.

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Uma pessoa que andava com Marlon e que não quis se identificar, contou um pouco sobre ele:

“Marlon é uma espécie de sociopata, que acredita nas próprias mentiras e não mede esforços para passar por cima de qualquer pessoa, contanto que lucre com isso. Eu costumava andar e ir a festas com ele, que gastava R$ 100 mil na balada”.

Segundo ele, Marlon prometia às pessoas um rendimento de 7% do valor investido. O Metrópoles falou com o delegado Sérgio Bautzer, que investiga o caso, mas ele não detalhou muito.

Ele explicou que, de fato, existem cinco inquéritos que apuram os crimes, mas todos já foram remetidos à Justiça e aguardam parecer do Ministério Público.

“Fizemos toda a apuração, ouvimos vítimas e colhemos provas”.


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