A Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol anunciou nesta sexta-feira (21) o lançamento de seu metaverso, projetado para atividades como cursos imersivos de treinamento para investigações criminais.
Revelado na 90ª Assembleia Geral da Interpol em Nova Délhi, na Índia, o Interpol Metaverse é descrito como o “primeiro metaverso projetado especificamente para a aplicação da lei em todo o mundo”.
Entre outras coisas, a plataforma também ajudará as forças da lei ao redor do planeta a interagir umas com as outras por meio de avatares, de acordo com o anúncio.
Metaverso é um nome comum para uma visão futura de uma Internet imersiva onde headsets de realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR) desempenham um grande papel nas experiências online – e potencialmente até substituindo algumas atividades do mundo real.
À medida que os mundos virtuais evoluem, surgem preocupações sobre possíveis crimes do metaverso, incluindo crimes contra crianças, roubo de dados, falsificação, ransomware, agressão sexual e assédio.
“Para muitos, o metaverso parece anunciar um futuro abstrato, mas as questões que ele levanta são aquelas que sempre motivaram a Interpol – apoiar nossos países membros a combater o crime e tornar o mundo, virtual ou não, mais seguro para aqueles que o habitam”, disse Jürgen Stock, secretário-geral da Interpol, em um comunicado.
Interpol combate ao crime no metaverso
Um dos desafios identificados pelas organizações policiais é que algo que é considerado crime no mundo físico pode não ser necessariamente o mesmo no mundo virtual.
“Ao identificar esses riscos desde o início, podemos trabalhar com as partes interessadas para moldar as estruturas de governança necessárias e cortar futuros mercados criminosos antes que estejam totalmente formados”, disse Madan Oberoi, diretor executivo de Tecnologia e Inovação da Interpol. “Somente tendo essas conversas agora podemos construir uma resposta eficaz.”
Em uma demonstração ao vivo no evento, os especialistas da Interpol foram a uma sala de aula do metaverso para ministrar um curso de treinamento sobre verificação de documentos de viagem e triagem de passageiros usando os recursos da plataforma recém-lançada.
Os alunos foram então teletransportados para um aeroporto, onde puderam aplicar suas habilidades recém-adquiridas em um ponto de fronteira virtual.
Além disso, a Interpol criou um grupo de especialistas que terá a tarefa de garantir que novos mundos virtuais sejam “seguros por design”.
*Traduzido com autorização do Decrypt
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