Polícia do RJ investiga grupo acusado de roubar R$ 30 milhões com pirâmide financeira

Para ganhar a confiança dos investidores, a empresa fraudulenta fazia convites para assistir jogos de futebol em camarote do Maracanã
homem segura com duas mãos uma piramide de dinheiro

Shutterstock

Um grupo formado por três empresas do setor financeiro virou alvo da Polícia Civil do Rio de Janeiro por ter causado um prejuízo milionário a vários investidores. Segundo as investigações que começaram em fevereiro, estima-se que o clã possa ter arrecadado mais de R$ 30 milhões com o golpe de pirâmide financeira, oriundo de promessas de ganhos bem acima dos valores praticados no mercado.

O grupo Multiply Bank é formado pelas empresas Multiply Serviços de Investimentos e Aplicações Ltda., a Multiply Corretora de Benefícios Ltda. e a Multiply Instituição de Pagamentos Ltda, de acordo com informações do G1.

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Um dos clientes que chegou a ficar com R$ 70 mil presos na plataforma contou à reportagem que o grupo financeiro prometia pagar uma rentabilidade de 4,2% ao mês no início para atrair sua confiança e persuadi-lo a reinvestir tudo o que ganhou. Depois que fez isso, não recebeu mais.

Outro investidor que perdeu o mesmo valor, afirmou que a empresa prometia investir dinheiro em renda fixa e multimercado no exterior. Quando ele tentou sacar, disseram que o dinheiro estava preso no exterior.

Chama a atenção também a tática aplicada pela suposta empresa de investimentos para atrair o empresário Diego Holanda. De acordo com o G1, ele disse que foi recebido no camarote da financeira em um jogo do Flamengo no Maracanã:

“Você recebe um convite de camarote no Maracanã, não é qualquer um que tem documento para o camarote. O que falta? Não falta nada. Fui lá e fechei o investimento.”

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O advogado Josafá França, que representa várias vítimas, afirma na publicação que a empresa não responde mais os clientes. “Tentamos conversar com representantes da empresa, usamos meios extrajudiciais na resolução de conflitos. Mas a empresa mostrou-se inerte, não está a fim do diálogo, ingressamos com medidas judiciais, bloqueios e outras medidas cabíveis no caso”.

Agora, as ocorrências sobre o suposto golpe estão sendo averiguadas pela Delegacia de Defraudações do Rio de Janeiro (Ddef).