Polícia do Irã apreende 7 mil máquinas de mineração de bitcoin

Mineradores trabalhavam em uma fábrica abandonada
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Policiais da capital Teerã encontram fazenda de mineração que operava ilegalmente. Foto: Reprodução/IRNA

A polícia iraniana apreendeu 7.000 máquinas de mineração de bitcoin em uma fábrica abandonada na capital Teerã, o maior confisco de mineradoras feito até hoje na região, segundo informações da Agência de Notícias da República Islâmica (IRNA) na terça-feira (22).

De acordo com o oficial que dirigiu a operação, o comandante Hossein Rahimi, a fazenda de mineração de bitcoin operava ilegalmente e estava impactando na falta de eletricidade na região oeste da capital. Segundo o oficial, várias operações ainda estão sendo realizadas em Teerã.

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Nas últimas 48 horas as autoridades apreenderam cerca de 3.000 máquinas, afirmou Rahimi, acrescentado à agência estatal que foram averiguados mais de 50 pontos nas últimas 24 horas, sendo este da fábrica abandonada o mais importante até o momento. A reportagem não informou se houve prisões no local.

Mineração de bitcoin no Irã

Apesar do Irã intensificar a repressão ao setor nos últimos meses, a mineração industrial é legalizada no território desde 2019, desde que a empresa se formalize. Segundo informou o presidente Hassan Rouhani, cerca de 85% das mineradoras do Irã não são licenciadas.

Devido a recentes apagões — que as centrais elétricas atribuem ao roubo de eletricidade por mineradores ilegais — no mês passado, o Irã proibiu temporariamente a mineração de criptomoedas até setembro devido ao aumento de ocorrências.

Bitcoin contra sanções

Em abril, o Banco Central do Irã (CBI) passou a permitir o pagamento de importações com criptomoedas extraídas no país, ou seja, provenientes da mineração de empresas reguladas pelo governo. O novo meio de pagamento transfronteiriço vale apenas para os bancos e as casas de câmbios iranianas.

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Em maio deste ano, as autoridades iranianas começaram a fechar cerco contra aqueles que mineram criptomoedas sem a devida autorização do governo, chegando ao ponto de colocar espiões do seu serviço de inteligência para reprimir a atividade.