A Polícia Civil de Sergipe prendeu na semana passada Maurício Henrique dos Santos, acusado de aplicar golpe de R$ 17 milhões através pirâmides financeiras cujo atrativo era bitcoin.
O suspeito, preso no bairro Santa Maria, Aracaju, oferecia investimento com a criptomoeda por meio das empresas Profitmon, Star Forex e Toro Bity.
De acordo com a delegada Rosana Freitas, da Delegacia de Defraudações e Crimes Cibernéticos de Sergipe, o preso e o casal de foragidos formado por Devanilson Nascimento do Espírito Santo e Liliane Ferreira dos Santos recrutavam pessoas para o esquema.
“Eles angariavam pessoas e prometiam investimentos altamente lucrativos. A partir da aquisição desses investimentos, eles estimulavam que outras pessoas fossem convidadas a entrar no negócio”, explicou a delegada responsável pela ‘Operação Krypton’.
Ela revelou que os suspeitos realizavam várias palestras — ações típicas de golpistas em esquemas de pirâmide — a fim de fazer crescer a rede, oferecendo rentabilidades de 30% a 60% ao mês.
Ela detalhou:
“Eles convenciam as pessoas a investirem e a trazerem outros, e isso permitia que as fraudes perdurassem por muito tempo. Eles pagavam os investidores iniciais com os investimento feitos pelas pessoas seguintes, dando uma certa credibilidade para a fraude”.
Pirâmides com bitcoin
Segundo a delegada, o grupo agiu por meio da Profitmon, Star Forex e Toro Bity e já vinha com a abertura de uma outra empresa do mesmo tipo, ou seja, quando o golpe era finalizado eles fechavam uma e abriam outra.
Para os clientes, a desculpa era a mesma de sempre — movimentação errada no mercado que acabou em prejuízo.
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De acordo com a polícia, na residência de Maurício foi encontrado dinheiro em espécie, em moedas de vários países, e um veículo de alto padrão. Foram apreendidos, também, extratos e documentos para serem periciados.
Pirâmides disfarçadas
A Polícia Civil não revelou um número aproximado de prejudicados, mas acredita que muita gente teve prejuízo. “É possível que haja mais vítimas”, disse a delegada.
Conforme investigações, os suspeitos tinham como foco um grupo seleto familiarizado com marketing multinível, que inclusive era premiado com carro e dinheiro para incentivar mais o golpe.
“Como é um investimento que pouca gente entende e compreende, as pessoas acabam acreditando e investindo altos valores”, completou Freitas.
A polícia divulgou as imagens dos suspeitos e pede para que a população denuncie no Disque-Denúncia (181), que garante o sigilo das pessoas, caso identifique os foragidos, ou compareçam no Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri).
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