Polícia de Montenegro prende fundador da pirâmide FutureNet por fraude de R$ 115 milhões

Preso com ajuda da Interpol, Roman Zimian, que criou o esquema de pirâmide internacional em larga escala, já havia escapado de prisão domiciliar na Itália
Closem em mãos de um homem que usa algemas

Shutterstock

Roman Zimian, cofundador da plataforma de negociação de criptomoedas FutureNet, foi preso em Montenegro com ajuda da Interpol, de acordo com relatos da mídia local.

A prisão de Zimian em Podgorica, capital do pequeno país dos Bálcãs, foi realizada pela polícia montenegrina em conjunto com Gabinete Central Nacional da Interpol (NCB) e resultou na apreensão de “dispositivos técnicos” relacionados às suas supostas atividades criminosas.

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Zimian, um cidadão polonês, foi alvo de dois mandados de prisão internacionais da Polônia e da Coreia do Sul.

Uma declaração policial publicada pelo site Vijesti observou que Zimian era suspeito de ter “causado danos a um grande número de pessoas dos territórios da Polônia e da Coreia do Sul”, por meio de fraude no valor de US$ 21 milhões (cerca de R$ 115 milhões).

Zimian fundou a FutureNet em 2014 com o parceiro de negócios Stefan Morgenstern.

A empresa então lançou pacotes de anúncios digitais, junto com uma criptomoeda, FutureCoin, antes de ser exposta como um “esquema de pirâmide internacional em larga escala”, de acordo com um comunicado de imprensa da Interpol de 2022 anunciando a prisão de seus fundadores na Grécia e na Itália.

Tanto Morgenstern quanto Zimian escaparam da prisão domiciliar na Grécia e na Itália, respectivamente; Morgenstern foi posteriormente preso na Albânia em 2023.

De acordo com a emissora local Radio Slobodna Evropa, Zimian será levado perante um juiz de instrução do Tribunal Superior em Podgorica para determinar para onde será extraditado.

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Caso Do Kwon em Montenegro

Esta não é a única batalha de extradição envolvendo criptomoedas em andamento nos tribunais de Montenegro. O cofundador da Terra, Do Kwon, é atualmente o foco de um cabo de guerra jurisdicional entre os EUA e a Coreia do Sul, seu país natal.

A disputa entre os dois países se acirrou mais ainda depois de Kwon cumprir pena de prisão em Montenegro por tentar viajar com documentos falsificados.

Ambos os países buscam sua extradição para enfrentar acusações criminais relacionadas ao colapso do ecossistema Terra em 2022.

Na última decisão “final”, o Tribunal de Apelações de Montenegro manteve sua decisão de extraditar Kwon para a Coreia do Sul no início deste mês, mas a decisão foi adiada enquanto o tribunal examinava questões processuais.

*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.