Imagem da matéria: Polícia da Finlândia rastreia transações de Monero para prender hacker que extorquia vítimas
Foto: Shutterstock

A Polícia Federal da Finlândia (KRP) pode ter descoberto uma maneira de rastrear transações de Monero (XMR), mesmo com seus recursos de anonimato, ao localizar um suposto hacker que extorquiu clientes de um centro médico, segundo o site local MTV Uutiset.

De acordo com a publicação, Julius Aleksanteri Kivimäelle, suspeito de ter exigido 40 bitcoins ao sequestrar o sistema da entidade médica Vastaamo em 2020, extorquiu criptomoedas diretamente dos clientes, já que a empresa não atendia às suas exigências.

Publicidade

Após a extorsão, o hacker enviava o fundo para uma corretora sem o recurso de compliance e trocava por o Bitcoin por Monero. Depois disso, distribuía os fundos em várias carteiras. O site detalha o modus operandi da agência, cujo resultado mostrou que parte dos fundos foi parar na corretora Binance.

As autoridades têm mantido o assunto sob confidencialidade, sem divulgar os detalhes da análise on-chain. Segundo o chefe da investigação, Marko Leposen, a informação é secreta, pois se trata dos métodos técnicos da polícia.

Os promotores apresentaram novas evidências em 22 de janeiro mostrando um rastro cripto que levava à conta bancária pessoal do suspeito, diz o site. Kivimäelle é um velho conhecido da polícia por hacks anteriores, conforme descreve o site Krebson Security. Ele, contudo, nega as acusações.

Um vídeo compartilhado no X mostra o suspeito cabisbaixo aguardando ser ouvido pelas autoridades finlandesas em um tribunal.

Monero

A Monero faz parte de um grupo de criptomoedas focadas em privacidade, como Zcash (ZEC) e Horizen (ZEN), por exemplo.

Publicidade

As moedas de privacidade há muito tempo enfrentam o escrutínio dos órgãos reguladores, como o Internal Revenue Service (IRS), a Receita Federal dos EUA, que em 2020 ofereceu uma recompensa para quem conseguisse quebrar a privacidade do Monero.

Na época, a Rede de Fiscalização de Crimes Financeiros dos EUA (FinCEN) também apontou que os protocolos de “criptomoeda com anonimato aprimorado” (AEC) limitam a capacidade dos investigadores de “seguir os fluxos de transações em seus registros públicos distribuídos” e têm uma “conexão bem documentada com atividades ilícitas”. 

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: ETF de Bitcoin da BlackRock registra maior saída de fundos desde lançamento

ETF de Bitcoin da BlackRock registra maior saída de fundos desde lançamento

O iShares Bitcoin ETF da BlackRock teve sua maior saída diária ontem, com acionistas realizando lucros no valor de US$ 333 milhões
Celular com logo da Binance, moedas de Bitcoin e ETeherem em cima de notás de cem dólares

CEO da Binance.US se revolta contra SEC: “Nos chamaram de caldeirão de fraude”

“Perdemos milhares de clientes, bilhões de dólares saíram pela porta, e fomos forçados a demitir 70% da nossa equipe”, diz CEO da Binance.US
Dólares equilibrados formam uma pirâmide

BeeFund: Suposta pirâmide financeira anuncia volta e sorteio de Camaro

Após lesar centenas de investidores, BeeFund anuncia retorno e lançar uma nova plataforma
Imagem da matéria: Binance perde recurso na Suprema Corte dos EUA e ação coletiva de clientes é mantida

Binance perde recurso na Suprema Corte dos EUA e ação coletiva de clientes é mantida

Grupo de clientes da Binance alega no processo que corretora não alertou sobre os riscos na compra de criptomoedas